por Ser Supremo
Como estou arriscado a ser demitido por justa causa devido a pequena demora em escrever matérias (aparentemente o pessoal do Uarévaa está em uma camada inferior a minha), então fui obrigado a digitar essa resenha.
Antes de tudo, já esteja ciente que não uso um palavreado batuta que os outros resenhadores usam. Se querem ler uma crítica de verdade, esperem pelo Rafael e pelo Vini. Mas leia a minha se você não tem mais nada para fazer…
Quando fiquei sabendo que o filme era muito loco, a primeira coisa que fiz foi não assistir nenhum trailer e nem ler porcaria nenhuma sobre. Primeiro porque é bacana você não sacar porra nenhuma sobre o que é o filme, fiz isso no primeiro Matrix e juro que aproveitei mais por isso. Portanto, dei um salto de fé e fui assistir.
Como o cinema ultimamente tá caro bacarai e eu sou pobre bacarai, fui obrigado a ir na quarta feira, ainda falsificando uma carteirinha de estudante para pagar meia. Claro que o atendente percebeu o engodo, mas como não deve receber bem, cagou e andou! Entrei e sentei minha bunda na cadeira, sala razoavelmente cheia. Povo sortido tinha loiras, portugueses, papagaios, Joãzinhos, gaúchos, bichinhas e barnabés.
Começou o filme e já esqueci do preço do ingresso, dos putos que não calam a boca, da loira gostosa sentada do meu lado, do porre de comerciais que passam antes dos trailers, da poltrona dura. Esqueci até mesmo que eu tinha de lembrar algo! É o que o Alex Matos sempre diz: “Filme bom é aquele que te prende de tal forma que tu esquece que você existe até o filme acabar!”.
O filme começa já com um troço nada a ver e vai rolando freneticamente sem se preocupar se você está sacando o que está acontecendo. A trama vai se auto explicando deixando lacunas propositais para você emendar suas próprias teorias, diferente de novelinhas da globo, não te esfrega nada na cara, o Capitão Óbvio não participa da película. Claro, não é tão complicado de entender como Donnie Darko ou Amnésia, mas não é melzinho com açúcar também. Sossegado para quem tem imaginação. Teve uma anta sentada na minha frente que mugiu: “Ai, ó só, uma hora de filme e eu não to entendendo nada!”, talvez se ela fechasse as pernas de vez em quando o oxigênio poderia fluir para o cérebro atrofiado, porque não é um filme difícil se você tiver paciência de esperar!
A história é redondinha, as atuações são bacanas a ponto de você nem pensar que estão atuando, destaque mais uma vez para o Picolé de DiCáprio que está demais no filme! Curti também o Tom Hardy, bem carismático! Os efeitos especiais são ducaraio e usados magistralmente como uma excelente ferramenta para a trama relegado a terceiro plano de modo que depois de um tempo se tornam naturais ao contexto do filme. ESSE sim eu reconheço como um filme revolucionário!
Eu queria muito fazer uma “inception” no meu patrão, assim ele acharia que o aumento foi idéia dele!
Direção e roteiros de Christopher Nolan. Com Leonardo DiCaprio, Ellen Page, Marion Cotillard, Cillian Murphy, Joseph Gordon-Levitt, Ken Watanabe, Michael Caine, Tom Hardy, Tom Berenger, Dileep Rao, Pete Postlethwaite, Lukas Haas e Earl Cameron.
Duração: 148 minutos
Orçamento: 160 milhões
Bilheteria USA: 260 milhões
