Uaréva! Moura em Série,Seriados,The Flash The Flash – Review e Resumão da Temporada (COM SPOILER BAGARAI)

The Flash – Review e Resumão da Temporada (COM SPOILER BAGARAI)


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Olar, abigos do Uarévaa!

Se Arrow foi uma sensação na sua estréia, trazendo um mundo realista nolanizado do Arqueiro Verde, ninguém conseguia ver o mundo mais fantástico da DC despontando nele.

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Qual não foi a surpresa quando Barry Allen deu as caras, ainda sem poderes em Star(ling) City para dar uma mão pro Frecha? E mais ainda quando perito policial voltou para Central City e tomou um relâmpago nas fuças, deixando o gancho para a série do velocista escarlate?

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Logo no seu primeiro episódio, The Flash se mostrou uma série mais leve do que sua irmã mais velha. Barry, interpretado por Grant Gustin (Glee) já havia dito a que veio, com uma personalidade leve, otimista e altruísta no episódio de Arrow em que apareceu, e essas características ficam ainda mais marcantes em seu episódio piloto.

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The Flash, de início, apresentou os coadjuvantes de forma bastante fluída. Iris, a paixonite de infância; Joe, o pai adotivo; Cisco e Caitlin (que nos quadrinhos são Vibro e Nevasca), os cientistas do Star Labs; Eddie Thawne, o policial parceiro de Joe; Henry, o pai de Barry preso injustamente; e claro, o destaque da série nessa primeira temporada, o misterioso Dr. Harrison Wells.

The Flash caiu em um clichê clássico de séries de herói – o evento que traz o herói acaba por também gerar os vilões. Se em Smallville eram os meteoros de kriptonita que vieram com a nave de Clark para a Terra e causaram mutações nos humanos, em The Flash é a explosão do acelerador de partículas do Star Labs que abre fendas no universo trazendo diversos tipos de energia que causaram o surgimento dos meta-humanos.

4No primeiro episódio a ameaça é Clyde Mardon, um ladrão que ao ter seu avião de fuga atingido pela onda de energia gerada pela explosão, é dado como morto, junto com seu irmão, mas ressurge com poderes de controle climático. Assim surge a primeira versão do Mago do Tempo. Paralelamente  a isso, Barry descobre seus poderes, ganha uma roupa heroística e o apoio da equipe do laboratório para sua futura carreira de super-herói.

O episódio é muito bom, mas tenho cá minhas ressalvas, todas totalmente pessoais. Me incomoda bastante pilotos de séries que são didáticos demais sobre como funcionará a construção dos episódios. O roteiro se prende a explicar que agora existem meta humanos, que Barry terá que enfrentá-los. Algo que parece muito mais uma forma de vender o seriado aos executivos da Warner do que um verdadeiro serviço ao espectador.

Mas a chave de ouro vem com a cena pós créditos, que deixa uma enorme interrogação em nossas cabeças.

5E nesse modelo de “meta da semana” a série continuou seguindo, para construir sua mitologia. Multiplex e Névoa seguiram como ameaças, até que logo no quarto episódio somos apresentados ao Capitão Frio. Leonard Snart não é um meta (o que achei bastante legal da série manter) mas um ladrão extremamente metódico. O uso da arma de congelamento é bem explicada – ela foi criada por Cisco para parar Barry, caso fosse necessário.

Se os vilões dos três episódios anteriores se mostravam bastante dispensáveis (com a morte de dois deles, inclusive), Leonard Snart, o Capitão Frio, foi o primeiro a conseguir escapar do Flash, com a óbvia promessa de ser um adversário recorrente. A cena em que Snart descarrila um trem para fugir do Flash é sensacional, e marca um fato: O Flash é o Superman desse universo televisivo. O episódio ainda traz Felicity Smoak, a popular coadjuvante de Arrow que mais combina com The Flash, e tem uma ótima química com Barry.

O quinto episódio traz um pequeno desperdício e o começo de algo que me incomoda na série. Plastique, clássica vilã da DC, é apresentada aqui. Ao fim do episódio, que também traz o General Eiling, Plastique é morta, perdendo assim a chance do uso de uma boa personagem. E logo no princípio, Barry revela sem muita cerimônia sua identidade “secreta” para ela, coisa que vai ser tornar recorrente.

Prova disso é que no episódio seguinte, talvez o mais fraco da temporada, em que o Flash enfrenta o Viga, que fazia bullyng com Barry na escola (credo), o herói revela a cara pro vilão no fim do episódio, quando este já está preso na cadeia improvisada no Star Labs. A série segue com Blecaute indo atrás do Dr. Wells em busca de vingança por ter se tornado um meta, e pela morte de seus amigos devido ao acidente do acelerador. Nesse episódio, Dr. Wells cita uma boa quantidade de pessoas que foram atingidas e modificadas pelo evento, incluindo Beatriz da Costa e Ralph Dibny, a Fogo e o Homem Elástico.

6O oitavo episódio da temporada marca o reencontro de Oliver Queen e Barry Allen, em um evento que continuou em Arrow, mas em dois episódios fechados em si. Em The Flash um meta humano chamado Ray Bivolo (o Ladrão do Arco Íris, nos quadrinhos) controla a mente do Flash, o tornando violento, e o Arqueiro é obrigado a enfrentá-lo. Em um embate clássico fica bem claro mesmo que o Arqueiro e o Flash realmente são o Batman e o Superman dessa realidade. Inclusive a ideia da batalha entre o humano treinado e o super-ser, na lógica de Davi e Golias, repete aqui o que já vimos diversas vezes entre a morcega e o azulão.

7A série se mostra tão rápida quanto seu personagem principal. The Flash não costuma enrolar plots. Se no piloto vimos a indicação que a morte da mãe de Barry, que levou seu pai para a cadeia, deveria ter sido obra do Flash Reverso, o nono episódio traz o clássico vilão como principal ameaça. O mistério principal fica em torno de quem está por trás da máscara do homem de amarelo, que parece ser muito mais rápido e poderoso que o Flash, e a resposta nos é dada na cena pós créditos. Se a dúvida pairava entre Eddie Thawne,que possuía o nome bastante próximo ao do personagem dos quadrinhos, a cena mostra o Dr. Wells encarando o uniforme em sua sala secreta.

A série mantém o embalo trazendo o Capitão Frio de volta, iniciando a criação da clássica galeria de vilões do Flash, ao recrutar o Onda Térmica para se tornar seu parceiro de crime. Apesar da resolução bastante bobinha do episódio, ele termina com a dupla de vilões sendo resgatados pela irmã de Snart, que se tornará a Patinadora Dourada. Os vilões clássicos continuam surgindo em um bom episódio, em que o Flautista (estou usando os codinomes das HQs porque catar os nomes civis dos personagens é um saco), ex-protegido de Wells, surge com armas sônicas para se vingar também do chefe dos laboratórios Stars. Novamente a resolução se utiliza de uma pseudo-ciência que não me convenceu, mas trouxe um gancho interessante.

Uma coisa interessante na série é que por fim a mitologia que vai se construindo por trás da trama (da identidade do Dr. Wells como Flash Reverso e o mistério sobre a morte de Nora Allen) é muito mais interessante que a maioria dos plots principais, com o vilão da semana. Mas, quase que todas as vezes, a trama do vilão da semana de alguma forma leva a trama da temporada para frente. Existem exceções, como o da vilã Peek-a-Boo, que apesar de não ser pior que alguns, também não é memorável. A cena em que o Flash quase é atingido por uma bala é sensacional.

8Outra trama que vai correndo por fora na temporada é a da suposta morte de Ronnie Raymond, o noivo de Caitlin, durante a explosão do reator. Leitores habituais logo mataram a charada de que Ronnie voltaria logo como o Nuclear, mas é em “The Nuclear Man” que essa trama finalmente se desenvolve, após uma breve aparição do personagem em uma cena pós-créditos. A equipe consegue localizar o “homem de fogo”, Ronnie, totalmente descontrolado.

 

Eles então descobrem que Ronnie e Martin Stein estão presos no mesmo corpo, e as mentes conflitantes estão deixando ele totalmente descontrolado. Claro que os gênios do Star Labs conseguem uma forma de separar os dois, com direito a um ótimo gancho de fim de episódio, com o Nuclear explodindo no deserto e o Flash fugindo da área de destruição carregando Caitlin. O episódio seguinte segue com a trama centrada no Nuclear, obrigando os dois personagens a se fundirem novamente para enfrentar o general Eiling. É nesse episódio que se percebe todas as possibilidades que esse universo televisivo permite.

O que todo mundo esperava, afinal, era a capacidade do Flash em viajar no tempo. Eu, pessoalmente, acreditava que isso só ocorreria no último episódio da temporada, em um possível embate com o Flash Reverso. Qual não foi a minha surpresa ao assistir embasbacado o excelente episódio 15. Se de início parece ser apenas mais um vilão da semana, com o surgimento de Mark Mardon, o segundo Mago do Tempo, em busca de vingança pela morte do seu irmão, o cenário do episódio vai se tornando lentamente cada vez mais catastrófico.

O comissário de policia paraplégico por um ataque do vilão, Joe em risco de vida, Cisco assassinado por Wells, quando descobre a verdade sobre o bom doutor. E um maremoto gigantesco chegando em Central City, criado por Mardon. Para impedir o maremoto de chegar, o Flash se vê obrigado a correr mais rápido do que nunca para criar uma barreira de sei lá o que, que vai segurar a onda gigante de destruir a cidade.

Mas o herói corre tão rápido que quebra  a barreira do tempo e volta 24 horas no passado. Assim o próximo episódio mostra o mesmo dia, mas com todos os eventos modificados. Entre outras coisas, Iris havia finalmente confessado a Barry que possuía sentimentos por ele, mas a volta no tempo também jogou o velocista de volta a Friendzone.

Quando Flash prende Mardon antes que ele possa fazer tudo que faria, Capitão Frio e Onda Térmica retornam, capturam Cisco e o obrigam a revelar a identidade do Flash. Coisa que é óbvio que aconteceria, cacete. Todo mundo ta ligado que o Flash trabalha em conjunto com o Star Labs, todo mundo sabe que Cisco e Caitlin trabalham lá. Cacete, eles não pensaram nisso? Grandes gênios.

O que acontece? Herói e vilão fazem uma combinação. Frio não mata inocentes, nem revela a identidade do Flash, se ele não o prender na prisão de metas. E isso eu achei uma bobagem completa. Entregar a identidade do herói pra mais um vilão (apesar que nesse momento o Viga e a Plastique, que conheciam a identidade dele, estão mortos), sendo que o próprio Flash Reverso sabe, vira uma virada repetitiva e desnecessária de roteiro.

9Agora, que feliz surpresa foi Tricksters! FUCKING MARK HAMILL DE VOLTA COMO O TRAPACEIRO. O episódio já trazia a mitologia da série dos anos 90 como referência quando Tina McGee apareceu, alguns episódios antes; e agora o ator repete o personagem que interpretou há vinte anos, que se encontra preso na mesma cadeia que o pai de Barry. Enquanto isso um novo Trapaceiro anda aprontando das suas na cidade, e o Flash vai atrás do vilão original para saber mais sobre os truques. Com uma ótima reviravolta, o Trapaceiro original, que se mostrava ofendido com a ação do novo, revela que era tudo um plano, captura o pai de Barry como refém e prende o Flash com uma bomba que explodirá quando ele parar de correr.

O Trapaceiro, além de um personagem divertidíssimo e um vilão muito bem construído, ainda faz referências a Breaking Bad, Star Wars, Velocidade Máxima, Forrest Gump… um episódio absolutamente genial. Se não bastasse isso, ele também serve para que Barry se ligue na verdade sobre o Dr. Wells e termina com um flashback que nos remete aos acontecimentos que seguiram logo após a morte de Nora Allen. Conhecemos a verdadeira cara de Eobard Thawne, o Flash Reverso, e descobrimos que ele matou e assumiu a identidade do verdadeiro Wells, anos atrás.

10Infelizmente o ritmo quebra com All Star Team Up. A obrigatoriedade em trazer o Elektron, personagem que ganhou bastante destaque em Arrow, para uma participação em The Flash rendeu alguns bons momentos – a interação entre Ray Palmer e Cisco é muito legal – mas teve como resultado final um episódio bem morno e dispensável.

Claro, Felicity sempre é um bom acréscimo na série, e Brandon Routh está mandando bem como “Homem de Ferro de baixa renda”, mas a trama poderia ser minimamente decente, né? Uma vilã que controla abelhas mecânicas e quer matar a doutora McGee, que fica o tempo todo em um computador dando risadas malignas é digna do seriado Lois e Clark. Aliás, as vezes eu realmente me perguntava se não estava vendo a série do Superman havaiano que agora é pai adotivo da Supergirl.

Uma coisa legal na série é a parceria que se forma entre Eddie e Flash. Os dois passam a combater o crime juntos, e se tornam realmente amigos, apesar de Barry ser apaixonado por Iris, noiva do policial. O episódio em que o Everyman se torna Eddie e acaba deixando o policial em uma situação ruim ao matar dois outros policiais com a forma de Eddie mostra que o Flash realmente é um herói nato, e ele faz de tudo para salvar Thawne da cadeia.

Como eu tinha dito, os vilões semanais acabam se tornando, mesmo que a gente não note, em um primeiro momento, peças importantes para a trama principal. Quando Barry, Cisco e Caitlin descobrem a sala secreta do Wells e a verdade sobre ele, e preparam uma armadilha que vai prende-lo, a reviravolta (e por essa eu realmente não esperava) é que o Wells que acaba morto por um tiro de Joe é na realidade o Everyman. Outro episódio absurdamente legal, em que nós percebemos que Wells, ou melhor, Eobard Thawne, estava muitos passos a frente dos mocinhos desde o início.

11Desde o início da temporada, quando vimos uma jaula aberta com o nome Grodd, a ansiedade por ver o gorila falante na série foi geral. E nada de deixar pra depois. Grodd surge no episódio 21, de uma forma bastante assustadora. Controlando mentalmente o General Eiling, que balbucia meia dúzia de palavras, Grodd aqui serve como uma distração aos heróis quando sequestra Joe e o mantém refém.

É finalmente nesse episódio que Iris descobre a verdade sobre Barry (finalmente? A Lois só descobriu sobre o Clark na décima temporada de Smallville) e eles reúnem esforços para enfrentar o gorilão. O CGI ficou muito bom, mais do que eu esperava para uma série de TV, apesar da maioria das cenas ser no escuro. A subserviência de Grodd ao Wells/Thawne também se explica quando é dito que ele está “evoluindo”. Sendo assim, ele ainda não é o gênio macaco que conhecemos nas HQs. E vou dizer, Grodd ta assustador e foi um desafio em tanto pro  Flash. Que o diga as expressões de terror de Joe.

Os dois episódios finais, obviamente, se focam nos planos do Flash Reverso. A equipe se movimenta para localizar Eddie, que está capturado pelo vilão, que tenta minar a confiança do policial no Flash e perceptivelmente trazê-lo para o dark side. A primeira parte do final se foca na turminha de Barry tendo que transferir os bandidos capturados e presos na cadeia improvisada para outro local, pois a vida deles está em risco, visto que o Reverso vai reativar o acelerador. Outro momento em que Flash se mostra Superman, ao se preocupar realmente com a vida daqueles vilões. Mas aí o Jênio tem a brilhante idéia de pedir ajuda a Snart e sua irmã para isso. Sim, o Flash agora ta tentando virar BFF do Capitão Frio. CRARO que dá merda, o Frio sabota a operação, os vilões fogem, alguns se aliam a galeria de vilões do Snart.

 
12Então quando surge o Reverso e você pensa “ok, combate final no próximo episódio”, CARAIO MALUCO, o episódio não termina. Arqueiro e Nuclear chegam pra dar uma ajuda pro bródi, e os três juntos, usando um pouco de tecnologia Palmer (por que será que ele não veio? Tinha reunião de condomínio?) conseguem capturar Eobard Thawne.

Agora com Thawne preso, ele faz uma proposta indecorosa para Barry. Se ele o ajudar a voltar para o futuro (poderia ter procurado o doutor Brown e pronto), Wells o ajudará a salvar a sua mãe no passado. O episódio final fez muito bem em não trazer o confronto da captura do Wells, pois daqui até a chegada do clímax ele é extremamente emocional e introspectivo. Joe diz para Barry alterar a linha temporal, mesmo que isso apague a vida que eles tiveram como pai e filho pelos últimos 15 anos. Henry é contra, pois isso poderia mudar quem o Barry é, e que a vida acontece. As cenas de despedidas são muito bem feitas, bonitas mesmo.13

O adeus de Barry ao Joe, chamando-o de pai e este de filho. Além disso temos o casamento de Ronnie e Caitlin, que querem fazer isso antes que toda a linha do tempo seja alterada, a iluminação de Eddie, que percebe que sim, tem importância nos rumos da história.

Mas nenhuma cena é tão emocionante quanto o que ocorre quando Barry retorna ao dia da morte de sua mãe. Com tempo hábil suficiente para salvá-la no meio da luta do seu “eu” do futuro contra o Flash Reverso, ele recebe um recado de quem menos esperava. O Flash do futuro faz um sinal de “não” para Barry. O herói entende o recado, fecha a porta e deixa o curso das coisas acontecerem.

Quando os dois velocistas de outro tempo saem da sala e tudo ocorre da mesma forma, Barry se aproxima da mãe e tem tempo de se despedir. Uma das cenas mais bonitas que já vi em uma série que trata de “super-heróis”. Um texto incrível, uma cena muito bem construídas, atuações impecáveis. Se existia, e eu não creio que existisse, alguma dúvida na capacidade de Grant Gustin em interpretar o homem mais rápido do mundo, essa dúvida se esvai nessa cena.

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De volta ao presente, agora sim existe o enfrentamento final entre Flash e Reverso. E o vilão se mostra mais rápido e forte que o herói. Ele promete matá-lo, e depois matar cada um dos seus amigos e familiares. Um som de tiro.

15Eddie Thawne, que é um antepassado de Eobard, tira sua própria vida, impedindo que Eobard existe. E o Flash Reverso se desmaterializa, sumindo da existência.

A cena me fez pular da cadeira. Não esperava isso, mesmo que isso tenha sido desenhando por vários episódios. Um sabor agridoce ao ver um personagem que você aprendeu a gostar, morrendo, ao mesmo tempo em que se torna talvez o maior herói da série, ao se sacrificar pelo bem de todos, inclusive daquele que seria seu maior rival pelo amor de Iris.

Mas como The Flash não para, o episódio termina com um gancho PUTAMENDAEXCELENTE. A abertura da fissura do tempo acaba por criar uma singularidade, um buraco negro que começa a destruir toda a cidade, e antes mesmo de poder lamentar pelas perdas, o Flash corre em direção a ela para pará-la.

O que dizer? O episódio final é absurdamente fantástico. Emoção e ação em doses perfeitas.

E isso pode resumir o meu sentimento sobre toda a temporada. The Flash teve seus episódios mais fracos, fillers desnecessários, como toda a série de vinte e poucos episódios por temporada. Mas construiu personagens cativantes (ok, menos a Iris), com os quais a gente realmente se importa. Trouxe um humor leve que muitos dizem ser da Marvel. Não, é um humor leve de histórias em quadrinhos. E Flash é isso. História em quadrinho sem a menor vergonha, sem o menor pudor. Flash não tem medo de sua origem. Ele é um super-herói, com super-vilões, e com orgulho.

É um respiro de divertimento dentro de um universo DC que vem cada vez mais querendo ser dark, sombrio, pessimista – seja em Arrow (que parece que vai seguir a linha de Flash na próxima temporada), seja nos quadrinhos (com Superman da Stronda e Mulher Maravilherine) e no cinema (com o Superman com filtro escuro de Zack Snyder).

O Flash em si é muito mais Superman . Íntegro, justo, altruísta, bondoso, otimista. Um verdadeiro herói do povo, que ajuda sem pedir nada em troca e pensa primeiro na segurança dos civis do que em prender o vilão. Que pensa nos outros acima de si mesmo. E não é isso que um herói faz?

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Até o próximo episódio.

Designer gráfico por vocação, publicitário por formação, filósofo por piração.

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