O Poderoso Thor

Aproveitando o lançamento do filme do Thor, e um bom pretexto para dar uma enrolada básica de quinta, resolvi fazer um post resumo sobre a história do personagem nos quadrinhos desde seu lançamento até os dias de hoje. Confere ai, ou não, né?

Criado por Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby, a versão Marvel Comics do Deus Nórdico do Trovão surgiu pela primeira vez na revista Journey into Mystery #83, agosto de 1962. Na mitologia, Thor é Filho de Odin, o Deus Mor de Asgard, lar dos deuses, e de Jord, a deusa da Terra, chamada pelos asgardianos de Midgard. 
Thor vive em um mundo que contém diversos reinos, como a Terra dos Gigantes de Gelo e o Valhalla, o lugar para onde vão os espíritos dos guerreiros que morrem em combate. No Universo Marvel, Asgard se tornou uma dimensão paralela a Terra, sendo ligado ao nosso mundo pela Ponte Arco-Íris, guardada por Heimdall.
Por ter um comportamento arrogante e impulsivo, Thor foi punido por Odin a viver em Midgard (Terra), como um humano normal, sem as memórias da vida divina, para aprender a humildade e o espírito de um verdadeiro herói. Assim, nasceu o Dr. Donald Blake, um talentoso médico, porém, manco de uma perna. Na HQ de estréia, o médico, em férias na Noruega, encontra um estranho cajado numa caverna local não explorada. Batendo o cajado com força numa rocha, ele se torna um martelo e, automaticamente, transforma o doutor no personagem mitológico. 
A arma é feita de um metal especial (fictício) chamado “uru”, forjado pelos anões de Asgard, e é capaz de criar tempestades, furacões, raios, abrir portais entre dimensões, desferir golpes poderosos, possibilitar que o usuário voe e os mais diversos encantamentos. Além de Thor, outros seres já empunharam o martelo. 
O guerreiro alienígena Bill Raio Beta conseguiu a proeza e, após duelar com Thor, recebeu de Odin outro martelo chamado Rompe Tormentas. Um segundo martelo foi dado ao humano Eric Masterson que se tornaria o super-herói Trovejante, uma versão mais fraca e humanizada do Deus do Trovão. 
Com a vida na Terra, o filho de Odin conheceu a enfermeira Jane Foster, por quem se apaixonou, além de outros companheiros heróis com os quais fundou o grupo conhecido como Vingadores. Juntos, eles enfrentam ameaças terrestres e Asgardianas como o seu meio-irmão Loki, a arma de guerra O Destruidor, Hela, a deusa da morte, e Encantor.
No Brasil, o personagem foi publicado pela primeira vez 1967, através da parceria entre os postos Shell, editora EBAL e TV Bandeirantes, que exibia o bloco de animações The Marvel Super Heroes. Thor era um das atrações do bloco, ao lado de Capitão América, Namor, Incrível Hulk e Homem de Ferro. 
Como estratégia de marketing, os postos distribuíam gratuitamente a revista Dois Super-Heróis Shell: Homem de Ferro e Capitão América #0 e vendia as revistas Mais um Super-Herói Shell – O Poderoso Thor #0 e Superxis – Dois Super Heróis Shell – Príncipe Submarino/O Incrível Hulk # 0.
Em 1972, após deixar de ser publicado pela EBAL, Thor ganha a revista O Poderoso Thor pela GEA (Grupo de Editores Associados), tendo apenas duas edições. Já em 1975, os títulos da Marvel passam a ser licenciados pela Bloch Editores, seguindo a estratégia usada pela EBAL em 1967, o bloco de animações The Marvel Super Heroes era exibido no programa do Capitão Asa, que divulgava o “Clube do Bloquinho”, criado em parceira com a editora. Na Bloch, foi lançada uma nova revista com o nome de “O Poderoso Thor“. 
Em 1979, Thor passa a ser publicado pela Editora Abril nas revistas mix Heróis da TV e Superaventuras Marvel, em 2003, a Panini Comics passou a publicar os títulos da Marvel no país e, assim como na Abril, Thor não teve um título mensal próprio, apenas publicações de histórias fechadas especiais e participações em grupos.
O personagem passou por várias fases ao longo das décadas, desde o desaparecimento e futura morte de Odin, uso de uma armadura protetora, uma versão anfíbia, aparição de um Thor mais próximo da visão original mitológica, uma reinvenção nos anos 2000 onde o herói é mais voltado para a defesa ambientalista, até o Ragnarok (o apocalipse Asgardiano) onde os deuses morreram. Por todo esse período muitos autores passaram pelas páginas da sua revista, nomes como Gerry Conway, Len Wein, Roy Thomas, Walter Simonson (uma das mais adoradas pelos fãs), Dan Jurgens (essa acompanhei mais de perto) e J. M. Straczynski.
Trazendo o conceito dos deuses antigos para a modernidade, o herói mítico da Marvel em seus mais de quarenta anos de história exaltou a força da amizade, honra e coragem perante os desafios da vida, mostrando que independente de todo o poder que se tenha é a humildade e respeito pela vida que o tornam um verdadeiro herói.

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