(Um bêbado qualquer)
Sabe, algumas coisas eu tenho medo nessa vida: chuva de granizos, a cólera de deuses nórdicos e filmes (livros) que se supervalorizam. Infelizmente, desse último é difícil fugir.
Vamos para o resumo básicão, feito pipoca e refrigerante na fila do cinema: O assassinato de um cientista faz com que o professor de simbologia Robert Langdon (Tom Hanks) e Victoria Vetra (Ayelet Zurer), filha do homem morto, envolvam-se com a sociedade secreta dos Illuminati. As pistas levam a dupla ao Vaticano, onde uma conspiração envolvendo o assassinato de cardeais, às vésperas da eleição do novo Papa, coloca-a em perigo.
Anjos e Demônios é um Best-Seller do escritor mundialmente famoso por Código Da Vinci: Dan Brown. Assim como seu livro posterior (é, na literatura veio primeiro os Anjos e depois o Código, Hollywood não é maravilhosa?), Anjos e Demônios fala da Igreja Católica, seus pecados e o mal interior. E como a temática do livro, o filme é também muito clichê. Desde ângulos de câmeras, seqüências típicas de filmes de ação até a previsibilidade do roteiro, A&D de Ron Howard segue a mesma cartilha de O Código Da Vinci, todos dois com Tom Hanks (pelo menos nesse segundo cortaram o cabelo ridículo que tinha no anterior), os dois com pseudos mistérios que mais mostravam uma boa pesquisa sobre a história da Igreja do que qualidade em suspense – como uma Agatha Cristie faz com maestria.
Frases em latim, italiano – em uma irritante tradução simultânea do Sr. Langdon – com o propósito de fazer o expectador parar e dizer: “Putz! Que maneiro’. E tai, usando uma expressão que os mdm´s usam muito, e que nem gosto tanto mas se encaixa bem nessa situação, é um filme “massa veio” até a alma (desculpe o trocadilho infame), com suas corridas de carro, frases de efeito, Chucks Norris de momento e o, hoje, velho esquema 24 horas de ação, isto é, “vamos correr de um lado pro outro que quero terminar logo essa coisa”.
Bem, a esse ponto você já percebeu que eu não gostei de ter gasto meus cinco reais tão preciosos em mais de uma hora dessa bomba né? Então, para correr como os protagonistas irei dizer: Se você viu O Código Da Vinci e gostou, pegue sua namorada (nerd tem isso?) ou grupo de amigos e se divirta em uma sessão “cérebro desligado”, depois passe num Game Station da vida e jogue algo, tire onda dos companheiros, coma muito e volte feliz para casa, se não gostou do filme supracitado fuja o mais longe possível e se esconda em alguma sessão de arte perdida entre algumas das cinco salas destinadas a Wolverine Origens.
Ranking: ☺(Tá, uma certa cena perto do fim é ducaralho de explosiva!)