The Killer Inside Me

Uaréview
Por Monitor

Finalmente, meu ultimo review do Festival do Rio! vamos falar de The Killer Inside Me, que será conhecido por muitas pessoas como “o filme de sodomização sexual de Jessica Alba”! Mas não é só isso que o filme se trata, continua abaixo e saberá mais.

The Killer Inside Me é a adaptação de um livro em 1952 do lendário escritor Pulp Jim Thompson, onde basicamente temos o xerife de um pequeno condado do Texas, chamado Lou Ford (Casey Affleck), onde passou toda a sua vida sendo o bom moço com sentimentos reprimidos. Quando é chamado para expulsar a prostituta Joyce Lakeland(Jessica Alba) da cidade, acaba tendo uma torrida relação com ela com bases em prática sadomasoquistas, mais uma vez vindo dos segredos de sua infância reprimida, mesmo estando noivo de Amy Stanton (Kate Hudson).Querendo se vingar de Chester Conway (Ned Beatty) e de seu filho Elmer Conway (Jay R. Ferguson) por terem feito parte do assasinato de seu irmão (que tinha estuprado uma garota de 7 anos quando tinha entre 15/17 anos, exemplo de familia feliz é isso ai.) e acaba comentendo seu primeiro assasinato matando Elmer e Joyce.

A medida que o filme avança vemos tudo do ponto de vista de Ford, como no livro, e suas ações a medida que fica mais claro dos crimes cometidos por ele. Descobrimos mais sobre sua infância, suas taras e seus traumas, e os projetos de vida que pretende levar depois de limpar todos os seus rastros.O filme foi dirigido por um inglês, no caso Michael Winterbottom ( diretor de 9 canções,O Preço da Coragem e A Festa Nunca Termina), e é importante pro ponto de vista narrativo ter um diretor estrangeiro, em especial na época que o filme se passa, decáda de 50, e todo o suposto clima inocente em que ele ronda,sendo que a varias partes do filme contrastam essa suposta pureza na vida dos americanos.

Chega uma hora que o fato de matar fica tão banal para Lou que não é mostrado mais nenhuma morte dos personagens, apesar de sabermos que elas morreram devido as conversas da policia com o assasino.Conversas essas que demostram certas suspeitas sobre o rapaz, mas que a sociedade não consegue aceitar que o exemplo de bom moço da cidade seja um maniaco assassino. No 3° ato do filme, ele está em pleno controle da situação, aproveitando que ninguem até então em alguma prova ou crê de fato toda a maldade dentro dele.

Quando mostra seu primeiro assasinato, é brutal, é veridico, de uma maneira que você como espectador fique com um pouco de ânsia.Não é pra ser estilizado, nem hiper-realista ao ponto de se tornar banal, mas mostrar que aquilo ali não é brincadeira: ele mata pessoas, é o vicio dele, é que o faz feliz.E todas as atuações (inclusive de Jessica Alba, que prova de fato que é uma atriz não só um corpo bonito bagarai)dão consistência ao produto final, que choca não pelo sexo ou violência, mas o quão frio pode ser o espirito humano.

NOTA: 8,5

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