Doctor Who não é só uma serie de TV, é quase que uma religião que liga fãs pelo mundo. Pessoas que sabem todos os detalhes, que usam as roupas de todos os atores que já interpretaram o personagem, que relembram os episódios, as metáforas, os nomes e que aprenderam e cresceram com o “velho Doutor”. O personagem com mais de cinquenta anos de história inspirou e inspira seus fãs em diversos níveis e reflexões, como a vista nessa obra de Jim Anotsu.
Sinopse: Essa é a história de um garoto. Que encontrou uma garota chamada Valentina. E ela gostava muito de Doctor Who. E algo aconteceu. E um filme de Dalek entrou no meio da história.
Esse pequeno conto de Anotsu é intensamente ligado a essa cultura whovian (como alguns denominam os fãs do seriado), não só por suas referencias, mas, principalmente, pelo seu tom sensível e que nos prende pelos detalhes – como um bom episódio da serie que é bem mais roteiro e sentimento que efeitos especiais. Nesse trabalho do autor de “Annabel & Sarah” e “A Morte é Legal“, todos saídos pela Editora Draco, o autor retoma um tema utilizado na sétima temporada da série de TV para falar não só sobre ser fã de um produto midiático e cultural, mas sobre amizade e os medos comuns a todo ser humano.
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Uma pequena e emocionante obra que nos lembra que todos nós, inevitavelmente, seguimos para nossa própria Trenzalore, aquele lugar onde nenhum viajante do tempo deve ir, mas sabe que chegará um dia.
Nota: 10