Thor, O Filme

Uaréview
Por Freud

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Bom, pra variar, segue minha opinião depois de todo mundo… (Menos dos americanos, esses tem que esperar até o dia 6!! Bwahahahaha!)

Só vi o filme ontem, e já adianto que gostei bastante.

Voces já leram a merda da sinopse em todo lugar, certo? A maioria já até viu o filme… Não vou ficar me demorando nisso. Começa com o Thor “Sou Foda”, esporro do Papai Odin, “cantinho da disciplina” na Terra, momento deprê, paixão carente e, finalmente, redenção.

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O herói começa mais imponente, quando ainda é babaca e meio fraco das idéias, do que fica depois, enquanto e depois de seu amadurecimento, e isso se reflete nas três lutas do filme tembém (sim, três. Porque lutinha de marmanjo na lama não conta).

A primeira é a melhor, com a paquita não precisando se conter e descendo o sarrafo em gigantes do gelo. A segunda, embora tenha toda uma preparação legal pro combate entre Thor e o Destruidor, tem uma resolução rápida demais. Isso serve ao propósito de mostrar a recuperação do herói e a dimensão de seus poderes, mas ainda assim podia ter sido melhor. A luta final, pela necessidade de manter a postura heróica do protagonista e ser o desfecho do filme, acaba sendo bem menos interessante do que deveria.

Mas, no geral, gostei das lutas. Sim, poderiam ser mais “impactantes” (como o Ultra mimizou a beça) e definitivamente não são “O” ponto forte do filme, mas tem momentos legais e foram num estilo clássico de super heroi mesmo, isso agradou o velhinho aqui.

O ritmo do filme é bom, a trama não tem furos ou forçadas de amizade como em outros filmes da Marvel, e o desenvolvimento do Thor e do Loki são bem feitos. Thor passa de arrogante a fodidasso pra terminar de forma heróica e Loki não é mostrado de cara como vilão, o que torna interessante ver a relação dele com o irmão e outros asgardianos antes e depois de mostrar sua verdadeira face (potencializada por revelações sobre sua origem).

O filme realmente é centrado nos irmãos, não restando espaço pra aprofundamento dos outros personagens que, mesmo com várias boas atuações (entre todos, não há como não destacar Anthony Hopkins como Odin), viraram “coadjuvantes de luxo”, peças pra fazer a engrenagem andar, mais ou menos como dito na resenha do Diogo.

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Não vejo isso como um problema. Acho que, se levasse mais tempo do que foi gasto com outros personagens ou até aumentando as cenas que mostram a mudança de atitude do Thor, perderia ritmo. Entendo especialmente que essa parte do filme, da mudança de atitude, pareça corrida pra muita gente, mas a casa tinha caido para a paquita e a dor da culpa que ele tinha, pra mim, justificou que ele não quisesse jamais repetir com outros o mesmo tipo de atitudes que o levaram a desgraça.

Visualmente o filme também me agradou muito, seja na majestosidade de Asgard ou no trio de gatas escalado. Delas o destaque vai pra Jamie Alexander como a guerreira Sif. Apesar de uma participação como guerreira genérica e amiga leal, ela se saiu muito bem. Jane Foster (Natalie Portman) serve apenas como guia e par romântido pro Thor e Darcy (Kat Dennings), como alívio cômico, cuja grande maioria das piadas já tinham saido em trailers. Outra coisa que me agradou no filme: pela quantidade de tiradinhas divulgadas antes, achei que seria bem mais “comédinha” do que realmente foi.

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Vi o filme já sabendo mais da metade do que acontecia, inclusive a maioria das aparições e referências, e achei que isso fosse atrapalhar muito minha diversão, mas não me decepcionei. Se eu entrasse no cinema sem saber nada, provavelmente teria saido bastante empolgado, mas mesmo sabendo de tudo, gostei muito.

No geral, achei um adaptação muito boa, um bom filme de origem, no mesmo nível de Homem de Ferro 1. Eu realmente esperava algo diferente: quando Kenneth Brannagh assumiu a direção do filme, pensei que fugiria mais do “padrão Marvel” que vem se estabelecendo, e o filme seria ou um épico inesquecível ou uma gororoba intragável.

No final, nem um nem outro, um bom blockbuster que se encaixa perfeitamente no projeto da Marvel, introduzindo a “magia científica” de forma eficiente em seu universo cinematográfico, mas tenho certeza que o diretor foi crucial para que o drama e interpretações funcionassem sem tomar um espaço maior do que o filme pedia. Brannagh conseguiu dosar bem os elementos todos do filme.

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Resta ver o que vem por ai, se nos Vingadores e numa continuação teremos um Thor mais fodão e imponente ou se vão encher de firulada que nem em Homem de Ferro 2 e cagar no pau (RATINHOOOO!!!). Tem MUITA coisa a ser explorada ainda no universo do Thor: personagens importantes como Balder, Encantor e Surtur sequer são mencionados no filme.

Nota: 8,5

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