Quando crianças, assistíamos filmes como Guerra nas Estrelas e viajávamos em sua tecnologia avançada, repleta de hologramas e comunicadores móveis que podiam transmitir informações interconectadas com anos-luz de distancia. Pensávamos quando algo similar poderia surgir realmente e como seria a vida em nosso mundo com sua existência.
Com o avanço tecnológico, sonhar com cenas vistas em filmes de ficção cientifica não se é mais tão utópico. Ao andar por uma metrópole podemos nos deparar com pessoas ouvindo música em aparelhos cada vez menores, usando máquinas fotográficas digitais cada vez mais modernas e portando aparelhos de telefone móveis com vários recursos integrados – indo além do uso comum de ligações para outro telefone. Um verdadeiro Admiravél Novo Mundo.
Sempre bem definidos em suas funções separadas, jornais, TV e rádio, foram balançados com o surgimento de uma rede de informações integrada por computadores, a internet, abrindo novas possibilidades e configurações, além de gerar novas formas de interação do público com esses meios de comunicação de massa.
Esses meios tiveram também que se adaptar ao novo mundo informacional e participativo que a internet proporcionou, desde aprimoramento técnico, interligação com a rede web, até concorrência virtual, afinal, sites e aplicativos de informação surgiram e se tornaram referência para uma geração já nascida na chamada revolução digital. Uma geração que busca cada vez mais a velocidade da troca de informações e de contato.
Contudo, esse fenômeno da era digital não se restringe a computadores pessoais, se espalha por aparelhos tão triviais como televisões e geladeiras, até modelos modernos de celulares que conectam o individuo a sites, serviços e todo tipo de novidade sem precisar estar sentado em frente a um computador. É claro que o cinema não ficou para trás no uso desse tipo de nova tecnologia.
Cada vez mais a indústria cinematográfica utiliza aparelhos celulares, Iphones, Ipads, e outros suportes móveis como forma de distribuição de seus filmes, seja somente com a liberação de trailers exclusivos ou a obra completa a disposição. Mas, provavelmente, o mercado independente é o que mais se beneficia de tais recursos, haja vista que – sem apoio financeiro para um alcance mássivo aos meios de comunicação mais tradicionais – a distribuição de suas obras na rede web para serem consumidas por tais aparelhos se torna uma forma de propagar, com baixo custo, sua arte.
Não é a toa a existência de um festival como o Cel.U.Cine (Festival de Micrometragens) que visa a incentivar a criação e difusão de conteúdo audiovisual para novas mídias, inclusive celulares. O festival exibe obras com duração entre 30 segundos e três minutos, de qualquer gênero (animação, ficção, documentário etc.), produzidos por profissionais ou amadores.
Realizado pela Associação Revista do Cinema Brasileiro, em parceria com o Oi Futuro, o Cel.U.Cine teve sua primeira edição realizada em 2008, com o vencedor “Sheila”, de Sergio Bloch. Em 2009, na sua segunda edição, o festival teve mais de 600 filmes inscritos e o vencedor foi “A Palavra mais Difícil”, de Bruna Baitelli. Em 2010, o campeão foi “O Mala Man“, de Marina Puech e Lana Sultani.
O Cel.U.Cine tem como objetivo promover a produção e a segmentação desses conteúdos para mídia de celular. Além disso, a realização busca revelar novos talentos e criar e difundir uma cultura de produção audiovisual. Para saber mais sobre o festival acesse o seu twitter, facebook ou site.
Como visto, as novas tecnologias facilitaram, e muito, as possibilidades do cinema nos dias de hoje, dando acesso a equipamentos para qualquer pessoa, de qualquer nível social e geográfico, possa soltar sua criatividade na sétima arte. Então, se você tem seu celular ou camera fotográfica/filmadora, pense em uma idéia, filme e se inscreva, quem sabe além de ganhar um bom prêmio não se torne um diretor de renome logo, logo? Sonhar não custa!
O Mala Man