Fala, molecada!
Sei que já teve resenha do filme por aqui, mas nunca é demais, certo?
Aliás, essa resenha já tinha sido escrita em Maio, quando eu assisti o filme pela primeira vez.
Então, pra quem assistiu tá tranquilo quanto a spoilers… porque aqui tem bastante!
Depois de ter dúvidas quanto a qualidade e enredo do filme e logo após ter tido notícias esperançosas de que ele era bom, não me aguentei de curiosidade e resolvi pegar meu Learjet particular e dar uma passadinha rápida em qualquer cinema de NY para assistir ao filme Kick- Ass!
Agora, depois de estrear aqui no Brasil, resolvi compartilhar com os pequenos padawans desse blog o quanto eu curti esse filme.
Vamos deixar de enrolação e vamos partir pra resenha!!!
Vamos deixar de enrolação e vamos partir pra resenha!!!
Antes de mais nada, para aqueles que não sabem o que é Kick-Ass, porque não leram ainda, deixa eu explicar rapidinho…
Dave Lizewski, o personagem principal, é o típico garoto excluído de seu colégio, que mora com o pai solteiro e que é louco por comics de super-heróis. Isso acaba o influenciando na ideia de se transformar em um “herói de verdade”, combatendo o crime em Nova Iorque.
Isso é tanto o enredo das histórias como também do filme. Coisa simples. E nem teria necessidade de mudar. Mas outras coisas da história foram mudadas no filme. Coisas que eu já até imaginava que seriam.
E isso por acaso detonou o filme? Maaano, não!
Conseguiram fazer com que um roteiro bem diferente das HQs (diferente mesmo, não estou exagerando) funcionasse perfeitamente!
É lógico que as histórias em quadrinhos escritas pelo Mark Millar e desenhadas pelo John Romita Jr. são 10 vezes melhores que o filme. E isso eu já tinha falado também. Mas o fato é que conseguiram fazer um filme engraçado, cheio de referências nerds, cheio de porrada e ação!
E na parte da porrada senti um pouco de falta da mesma quantidade de sangue que tem nos quadrinhos, mas para um filme até que tá bom.
Aliás, o nome do filme deveria ser Hit Girl: Detonando tudo!
Putaqueopareo! As melhores cenas de ação são com uma garotinha de 11 anos!
Ela sim quebrou tudo!
Mas isso, quem leu os quadrinhos, já sabia também. Kick-Ass é um bundão até como herói. Ele é o melhor exemplo de sidekick que eu conheço. E sidekick bucha ainda, que só se ferra!
Mas esse é o charme do personagem. Ser um loser até quando se está vestindo um uniforme de herói. E Aaron Jonhson faz com que você realmente acredite nisso!
Totalmente ao contrário do Homem Aranha das antigas, que era um nerd que apanhava na escola e quando vestia a roupa de teias, virava o Mr. Fodão de NY, combatendo vilões do “naipe” do Rhino ou do Fanático.
Isso fez com que o personagem estivesse num patamar diferente dos heróis de que estamos acostumados a ver nos filmes.
Cara, como é bom assistir um filme baseado em super-heróis onde eles respeitam as características da HQ!
Mas não espere personagens idênticos aos quadrinhos. Big Daddy é um exemplo. O que o fez legal na série, ser um biruta perdedor com uma maleta de aço cheia de gibis antigos e que morre, cagando de medo, com um balaço na cabeça, foi totalmente mudado para dar sentido ao personagem. Pelo menos um sentido do qual estamos mais acostumados em filmes desse tipo: Ex-policial, perde a mulher para a bandidagem, vira um justiceiro sanguinário que se utiliza todos os meios para executar sua vingança. A diferença é que nesse ele usa a própria filha como arma!
Ah! E ainda temos uma parte da história, exatamente essa onde são explicadas as motivações do Big Daddy, inteiramente em animação e no estilo e traços do grande Romitinha!
Simplesmente fantástico!
Nicolas Cage está muito bem no papel, mas eu ainda preferia que tivessem chamado um troncudão bigodudo igual nas Hqs.
Outra coisa que vocês não verão é a pequena Hit Girl estraçalhando com todos no final depois de cheirar uma dose de um “composto químico” ou em suas palavras, “ativar a condição vermelha“, mas cara, com certeza, vocês vão pirar no que esssa menina faz com os capangas no final. É como se ela tivesse cheirado a casa inteira do Pablo Escobar!
Filhote de Kill Bill mesmo! Como já haviam dito!
Acho que quiseram pegar leve com o lance de drogas, afinal a menina só tem uns 11 anos. Agora, matar, decepar, furar, rasgar… é outro papo, né?
Christopher Mintz-Plasse, o famoso McLovin, fazendo as vezes de Red Mist também está bem legal, apesar de ter perdido um pouco da graça do personagem por conta de mudanças no roteiro. Uma das sub-tramas que envolve o personagem, a sua traição, que na HQ é bem obscura, foram tiradas porque logo no começo do filme mostram o cara como sendo filho do mafioso, vilão do filme. Outra coisa que dispensaram foi o seu vício em maconha. Mas uma vez, problemas no roteiro em relação à drogas.
Mas deram um jeito disso ficar legal no filme. Pode crê.
Enfim, ele serve tanto pra quem leu e gostou das HQs como para o público que nunca o viu pela frente!
Uma coisa não resta dúvida: Muita gente vai sair impressionada do cinema!
Principalmente quem tá esperando mais “um desses filminhos de super-heróis“.
Parabéns aos caras mesmo! Conseguiram fazer um filme redondo. Diferente das HQs, que ainda considero bem melhores, mas que pelo menos agrada bastante!
Legal ver todas aquelas referências de quadrinhos tanto da DC quanto da Marvel no filme. Porém foi o que eu comentei antes, utilizaram as mais “pops” possíveis!
A revista Empire acertou, realmente é brilhante!
Fazer um filme onde a história gira em torno de um bando de malucos que resolvem combater o crime apenas usando fantasias de super-herói, sem superpoderes? Há um tempo atrás seria uma comédia desprezível ou uma cópia barata de Watchmen.
Fizeram um filme cheio de ação onde você ainda dá boas risadas, tanto das cenas com piadas e referências, quanto aquelas de porradaria desenfreada onde um sorrisinho bem sinistro te escapa da boca.
Realmente Kick-Ass chegou pra Quebrar Tudo!
Nota: 8