Kick Ass: Quebrando Tudo

UARÉVIEW
Por Monitor

Não gosto de Kick Ass.Acho a revista uma porcaria,com poucos pontos positivos.Mas curti o filme,e ri pra caramba.O porque? Resumidamente: ele não se leva a serio,e por não se levar a serio,assume sua posição como “a historia que o fanboy americano pediu a deus”.
Assumidamente serve para Mark Millar aumentar seu ego e roubar sua grana,mas a principal diferença entre a revista e o filme é o fator diversão.Se no original não tem,na adaptação tem de sobra.Continuo a falar sobre o filme, com spoilers, abaixo.

A premissa continua a mesma: Dave Lizewski, tipico bundão colegial, decide se tornar um super-heroi no mundo real,mas descobre que as coisas não são tão faceis quando parece.Paralelamente a isso,temos o gansgter Frank D’Amico tentando descobrir os misteriosos “herois” que tem atrapalhado suas operações da máfia.Esses no caso são Hit Girl e Big Daddy,extremamente profissionais e violêntos em comparação a Kick Ass.Mas a mafia tem sua arma secreta,o filho de que assume a identidade de Red Mist e pretende preparar uma armadilha contra a nova onda da cidade.

Por ter sido adaptada mesmo antes de acabar de ser escrita,Kick Ass passou por mudanças que são obvias a quem conhece o original.Por exemplo,a trama de que Daddy seria um ex-policial em busca de vingança se tornou real,gerando uma puta cena com seu ex-companheiro policial e atual informante.No caso,sabemos desde o começo que Red Mist é filho de Frank,e seu personagem cresce de maneira bem mais interessante.Nofim das contas,Dave pega a garota de seus sonhos,e isso faz parte de um dos problemas da transição do filme,mais a frente explico isso.

Sobre o elenco,houve uma reação contraria a da HQ,graças mais ao roteiro .Se Dave é a unica coisa que tornar a revista suportaval,na pelicula todos os outros personagens principais são mais carismáticos,menos o principal.Não que Aaron Johnson seja um ator ruim, pelo contrário,Kick Ass na HQ era alguem que tinha uma sede de ser aquilo que sonhava,era algo instintivo,genuino.No filme não,ele quis virar heroi porque achou bacana e só depois de tomar muita porrada aprendeu a lição.Em resumo: um Peter Parker mais ferrado e punheteiro.E pelo fato de a unica base seria da historia ser tratada como piada,isso faz diminuir muito a ualidade do filme.

Já o resto,o assunto é bem diferente.Nicolas Cage finlmente conseguiu fazer um papel bom de super-herói,e seu Big Daddy que parece umaversão mais hardcore de Adam West (da voz aos trejeitos,está tudo lá).Chloë Grace Moretz fez surgir meu lado pedobear, e ela está foda, sutil e irresistivel como Hit Girl.Ambos conseguiram o milagre de tornar simpático o grande problema da HQ.Alias,até a cena da morte de Big Daddy consegue ser melhor que a original,em parte chapinhado de Batman & Robin do Morrison hehehehehe

Pedobear feelings XD

Em relação a Mark Strong,tái um cara que nunca te decepciona.Sotaque americano irreconhecivel e um gangster moderno com atitude,sai dos cliches e forma uma putadupla com MCLOVIIIIIIIIIIIIIN (conhecido também como Christopher Mintz-Plasse) que conseguiu sair da estigma do personagem de Superbad e trazer um ambicioso e de certo modo ingênuo perante certas situações como Chris D’Amico. A surpresa do casting é a Witchblade Yancy Butler como a matriarca da familia D”Amico.

O filme usa de certos clichês das historias de quadrinhos junto com a tecnologias para tentar mostrar uma linguagem nova ao espectador,mesmo que alguma delas você certamente já viu no Hulk do Ang Lee.O que curti é terem usado as polêmicas Motion Comics de um jeito mais criativo,mostrando que a ferramenta tem potêncial,apesar dos narizes tortos. de alguns.Foda foi ter que aturar o ego do Mark Millar ser preenchido com a sequência aerea que “evoca” o seriado do Superman com George Reeves…O lado negativo da presença da influência das Hqs como gênero fica mais no comportamento dos personagens Kick Ass e Red Mist,já que o charme da revista era eles não saberem direito como agir já que eles tinham que definir como seria aquilo na realidade.

Fechando aquilo que disse no começo,Kick Ass, o filme, se torna mais agradavel que a hq,mesmo ainda não sendo grandes coisas.Mas ele não te engana: é comercial sim,é massa véio sim,e por tornar a intenção real sem enganar (ou conseguir convencer) de que aquilo é certo e bacana.E ambos os finais são bem parecidos,só que ver uma mochila a jato com metralhadoras atirando ao som de “Aleluia” do Elvis Presley é muito mais eficaz do que ficar gastando saliva,né sr Millar?

NOTA:7,0

OBS:Jason Fleyming fazendo uma participação foi bacana pacas (um dos meus atores preferidos) e usando palavriados do tempo do Freud,que garota papo firme essa Lyndsy Fonseca!

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