A mídia de entretenimento sempre produziu diversos personagens característicos, que passaram a fazer parte da cultura pop e que estenderam seu reconhecimento para além de seus próprios trabalhos. Em relação ao gênero de horror e gótico, podemos citar entre os mais proeminentes Zé do Caixão, Ozzy Osbourne e Rob Zombie.
Músico, diretor, roteirista, produtor e desenhista, Rob Bartleh Cummings, ou simplesmente Rob Zombie é um dos indivíduos mais versáteis e dedicadas ao macabro atualmente. Sua influencia vai da música ao cinema, com expressivo sucesso em ambas as mídias.
Sua carreira começou com a banda White Zombie, que produzia um som que é identificado como “Groove Metal – ou NeoTrash – e que tem suas raízes no rock alternativo e no trash metal. Lançaram quatro álbuns de estúdio antes de debandarem, em 1998. O nome da banda foi inspirado no filme de horror homônimo protagonizado por Bela Lugosi, de 1932 e que atualmente se encontra em domínio público.
Rob Zombie esteve sempre muito ligado ao cinema cult e de horror, o que pode ser percebido através de seu trabalho musical – e da referência ao nome de sua banda. Então não é surpresa que o músico acabaria, mais cedo ou mais tarde, voltando seus olhos para o cinema.
Seu primeiro filme foi “A Casa dos 1000 Corpos”, que conta a história de um grupo de jovens que estão viajando através do país e acabam caindo nas mãos de uma família bizarra e degenerada. O filme lembra muito “Quadrilha de Sádicos”, de Wes Craven, mas com um toque muito mais mórbido e sombrio.
O filme teve uma sequência em 2006, “Rejeitados pelo diabo”, que mostra os remanescentes da família fugindo da polícia. Não acho tão bom quanto o anterior, mas é interessante notar que, apesar do filem ser uma continuação, ele parece um filme novo, tendo estilo narrativo e climas totalmente diferentes de “A Casa dos 1000 Corpos”, e esse sim, parecendo ainda mais com “Quadrilha de Sádicos” misturado com um road movie.
Com o sucesso cult dos filmes anteriores, Zombie foi o nome escolhido para dar um novo fôlego à
série Halloween, clássica cinessérie cujo primeiro filme é assinado pelo mestre do terror John Carpenter. O resultado saiu em 2007 e foi um misto de remake e prequência, que apesar de homenagear o original o quanto pôde, se tornou quase que uma releitura do original, criando suas próprias linhas narrativas e inclusive indo mais a fundo nos porquês de Michael Myers ter se tornado um psicopata. Essa versão é mais crua, realista e psicológica, bem diferente da original, que John Carpenter seguia uma atmosfera mais sobrenatural, embora fosse um filme de psicopata. Recomendável para os fãs do gênero.
Apesar do filme não ter sido bem recebido pela crítica, o público gostou do que viu, e o resultado é que uma sequência está para estrear agora em 2009. A parte boa é que, desta vez, não será um remake, e sim uma continuação direta do último Halloween, e agora Rob Zombie terá muito mais liberdade para dar sua própria visão ao clássico. Segundo o músico e cineasta, a sequência deve se focar muito mais no impacto psicológico que os eventos do primeiro filme causaram na personagem principal do que propriamente no assassino. Essa sequência promete.
Além disso, Zombie ainda tem dois outros projetos já agendados para estrear: Uma animação bizarra chamada “The Haunted World of El Superbeasto” e um longa chamado Tiranossaurus Rex sobre o qual ainda não se sabe quase nada. É, parece que Zombie veio mesmo para ficar.
Na próxima Madrugada:
Os maiores mistérios da humanidade não se encontram nas histórias. A seguir, Edgar Alan Poe – Da ficção à realidade.
