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Velhos demais para o Rock, definitivamente jovens demais para morrer

Saudações, leitores do Uarévaa, especialmente do PalhetadA! Aqui quem vos escreve é Rafael Rodrigues, pois o Duende exagerou na carne e na cerva no fim de semana, aí deu um piriri que o impossibilitou de escrever (até porque não se pode levar o PC para o banheiro). OK, isso não é verdade, apenas estou substituindo o dono da coluna por hoje, mas semana que vem ele já estará de volta. E sobre qual banda eu irei falar? Bom, quem a conhece, já pôde ter uma idéia pelo título. Quem não conhece… Bom, o que está esperando? Clica aí no Leia mais, pô!



Todos nós temos nossas influências musicais, quer a gente seja do meio musical ou não. Eu, particularmente tenho duas bandas que posso considerar que mudaram minha forma de pensar, de ver o mundo, e que virtualmente definiram a forma como eu interpretava a realidade ao meu redor. Essas bandas são Metallica e Jethro Tull. Como sei que Metallica é uma banda do qual o Duende tem muito apreço (e sei que ele preparará algo muito foda para ela), falarei sobre o segundo caso.

Bandas boas são aquelas que tem atitude, ou letras bacanas, ou um som bacana, ou criatividade no som, um pouco de inovação também é bom. Mas agora, bandas FODAS com F maiúsculo são aquelas que conseguem englobar absolutamente todas essas qualidades. E, se tem uma banda que consegue reunir tudo isso, e mais, com certeza é Jethro Tull.

Para quem não conhece, Jethro Tull é uma banda britânica formada em Blackpool entre os anos de 67 e 68. Apesar de ter feito parte do grupo de grandes bandas da época, Tull sempre ficou um pouco à margem devido principalmente ao seu estilo musical bastante característica. Misturando música folclórica, blues e hard Rock, e incorporando elementos de música celta e música clássica, a banda desenvolveu um som próprio que o diferenciava bastante das outras bandas da época.

Com composições criativas, complexas e – porque não – eruditas, Jethro Tull logo se tornou uma banda que não se encaixava em nenhum gênero musical conhecido na época (e provavelmente até hoje não se encaixe). Esse caráter de originalidade da banda era sua principal característica, e embora a banda tenha tido uma grande rotatividade de membros ao longo dos anos, o experimentalismo e inovação sempre marcaram os álbuns do Tull.

Em mais de 40 anos de carreira, Jethro Tull já fez de tudo: Um álbum praticamente de Blues (This Was, o primeiro álbum da banda), lançou álbuns temáticos (como Too Old to Rock’n Roll, To Young to Die, que era uma historia em quadrinhos em que cada música era uma parte da história), Álbuns com apenas uma música (Thick As a Brick, que no total tem mais de 40 minutos), álbuns hard rock (Aqualung, o mais famoso), álbuns de Natal (Christmas Album) e até um álbum instrumental com a Orquestra sinfônica de Londres (A Classic Case)!

Correndo o risco de ser bastante tendencioso, Jethro Tull é, definitivamente uma banda que faz parte da história. Mas não pense que a história do Jethro Tull acabou: A banda ainda está na ativa e lançando material original até hoje. Definitivamente, uma banda que merece ser ouvida.

Curiosidades:
A banda penou muito para escolher um nome, e memso quando já tocavam por aí, não possuíam um nome definitivo, chegando a se apresentar numa mesma semana com nomes diferentes. Mas o nome que acabou ficando foi Jethro Tull mesmo.
Jethro Tull é o nome do agricultor que inventou a semeadeira.
Na série infantil brasileira A Turma da Garrafinha, o personagem Musicão aparece na maioria das vezes cantarolando o riff de ‘Aqualung’.
Em um episódio da série Friends, Phoebe revela que possui um caderno aonde anota todos os homens com quem já saiu. Uma das anotações é Jethro Tull – fica implícito que ela saiu com a banda inteira.
No filme Armageddon, o personagem de Owen Wilson, Oscar, ao ser perguntando pelo psicológo sobre qual era a coisa que mais o irritava, diz que é “gente que acha que Jethro Tull é o nome de um dos membros da banda”.
Em um episódio da série Everybody Loves Raymond, é revelado que Robert fugiu de casa para ver um show do Jethro Tull, e, após ficar bêbado, ficou “disposto a bater em qualquer um que não concordasse que ‘Bungle in the Jungle’ era a melhor música já feita”.
Jethro Tull já esteve no Brasil. Mais de uma vez.

E era isso, espero que gostem, pra finalizar, uma saideira:

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