Fala molecada!
Como essa é a semana dedicada ao Rock n´Roll nada mais justo que o Tira de Letra fale um pouco sobre personagens que tem como características algo ligado a essa música que sua avó acha que é coisa do cramulhão rabudo! E qual personagem pode ser mais roquenrou aqui no Brasil que o despirocado Roko-Loco?
Vamos ao fatos!
Sucesso entre a roqueiarada brasileira, o personagem Roko-Loco, criado em 96 pelo abestalhado Márcio Baraldi, estreou em fevereiro deste mesmo ano nas páginas da revista mais couro preto da época, a Rock Brigade! Bom, até hoje ela é uma das mais conceituadas do mundo e tradicionais aqui da América Latina!
Eu é que parei de ler, mas na minha época de cabeludo metaleiro, era sempre uma boa terminar a revista com as charges e tirinhas do Roko. Isso quando não se começava por elas!
Logo depois de um certo sucesso entre a galera roqueira, Roko-Loko ganhou não só um, mais três livros! Chegou a ganhar uma versão em bits para games de PC e uma companheira, chamada Adrina-Lina! Em suas HQs eles sempre contracenam com uma banda do mundo real e aprontam todas com várias referências ao mundo da música chacoalha-cabeça, repletas de ação e humor, tudo num ritmo 100% Rock’n’Roll!
Baraldi parece criar suas tiras como se estivesse fazendo um verdadeiro “mosh” na galera, com bastante entusiasmo e energia! Quem conhece o cara, sabe que ele é uma figuraça!
Esses personagens além de estrelarem em quadrinhos e em um videogame, como já havia dito, ganharam o mundo estampados em camisetas e em bonecos! Merchã total!
Aliás, o game “Roko-Loko no Castelo do Ratozinger” foi o primeiro game brasileiro de um personagem nesses moldes (antes dele só existiam de personagens infantis como Turma da Mônica e Menino Maluquinho), ou seja, este é o primeiro game rock’n’roll do Brasil!!! O projeto surgiu de conversas entre o cartunista Baraldi e o designer Sidney Guerra, um ex-músico fã de heavy-metal e responsável pelo site do cartunista capitaneado pela SGuerra Design.
Até a trilha sonora da bagaça foi feita por uma banda de hard-rock, a Exxótica, que possuía afinidade com quadrinhos de Baraldi, pois já tinham ganhado o traço do cartunista numa história em quadrinhos feita para a banda, e todos os atributos para a empreitada, pois se apresentavam nos mesmos moldes da banda KISS, com roupas coloridas e máscaras, banda essa sempre lembrada em suas histórias.
Particularmente, não acho o traço dessas tiras um espetáculo, mas funcionam para o que elas estão direcionadas e para o público-alvo, que não se importa com fofurinhas ou muito enfeite, a não ser que seja uma capa do Iron Maiden. A possível explicação é que pra ter um número grande de tiras, uma produção rápida, seja necessário um traço rápido. Esse tipo de traço também é muito comum em chargistas, cartunistas, etc.
Mas quando é necessário, Baraldi dá um talento no traço, assim como nessa HQ mostrada abaixo:
Pra quem ainda não conhece, vale a pena dar uma olhada em outras tiras, que podem ser vistas aqui.
