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Tiras Comportamentais Iradas!

Fala, molecada!
‘Tamos de volta depois de duas semanas de folga. E ainda bem que consegui adiantar a coluna desta semana! Afinal de contas, não quero me acostumar como certas pessoas a postarem por aqui só de vez em quando. RATINHO!!! =)

Tiras também são uma maneira de mostrar para a sociedade qual os valores, necessidades, problemas e até por qual modismo essa sociedade está passando.
Gosto muito quando consiguo identificar meu cotidiano, ou até mesmo algum momento por qual eu tenha passado numa dessas tiras.
E a próxima da qual eu vou falar mostra um pouco isso.
Vamos lá?



Ryotiras é uma série de tiras criada pelo ilustrador “limeirense” Ryot Okumoto. Cheia de elementos do cotidiano e de viagens psico-filosóficas, a série mostra bem alguns traços da humanidade e sua complexa mania de estarmos sempre certos sobre alguma coisa.
Em certas tiras dá pra sacar a típica atitude que alguns têm de serem PHDs em algo.
Como eu disse antes, é legal ver quando um tirinista consegue passar uma informação comportamental recente em suas histórias. Faz com que a identificação com aquilo seja imediata!
A série não segue apenas uma linha de raciocínio,  podendo falar sobre quase tudo. Nem apresenta personagens recorrentes o tempo todo, a não ser pelos garotos Beto e Adolfo e por um personagem chamado Super Cartunista. Um super-herói enrolado e distraído, que parece não prestar muito atenção no seu trabalho.

Fala desde nossa dependência com produtos eletrônicos até as atitudes comportamentais de seres humanos, ou mostrando uma garotinha que é contra tudo mesmo não sabendo o que isso significa ou em uma, em especial, onde a atitude dessas é desmascarada através de atitudes relacionadas à animais marinhos.

Nessas tiras tem de tudo um pouco. Política, a realidade de uma disputa acirrada a  vaga de um emprego, as consequências por acreditar nos produtos de Bill Gates e outras tantas, muito engraçadas e reflectivas.



Ryot afirma que é daquelas pessoas que desenham desde cedo, e muitas dessas tiras se utilizam de desenhos bem simples, quase infantis em sua retratação, e isso como sempre, funciona muito! Às vezes fica tão boas quanto aquelas que são mais trabalhadas.
Eis um pouco de sua história do artista:

Foi no Centro Cultural Municipal de Limeira que ele aprendeu além de tocar instrumentos musicais, a se encontrar com a arte, através de curso de pintura, oficinas de histórias em quadrinhos, desenho animado, elaboração de fanzines, escultura, etc. Apesar de ter deixado de lado o lance de ser artista, pois levava mais isso como hobby, ele continuou desenhando e desenhando até conseguir ganhar dinheiro com isso.
Nessa altura do campeonato, ele já havia decidido a prestar vestibular em Artes Plásticas. Estudou, fez cursinho e até trabalhou na Gráfica Central da UNICAMP em Campinas, onde teve contato com a área de design e editoração, onde aprendeu sistemas de impressão e à utilizar alguns softwares. Foi aí que começou a imprimir seus primeiros fanzines. Tudo tinha um contexto mais político e ideológico, algo meio “revoltado”. Depois de ter sido selecionado no 1° Salão de Humor de Limeira, começou a publicar Os Desafortunados em um tablóide da cidade chamado “O PIO”.
Cursou algum tempo o curso de Design Gráfico pela FAAL, mas largou tudo, inclusive seu cargo de funcionário público, e rumou para Belo Horizonte atrás de trampo melhor e na área que curtia. Foi lá que ele começou a fazer Belas Artes  na UFMG.


Hoje trabalha numa empresa que faz cursos de ensino a distância, fazendo as ilustrações e as animações utilizadas nas aulas. Ou seja, conseguiu realizar seu sonho que era trabalhar como ilustrador.

Agora que o RyotIRAS ganhou mais força na internet e se consolidou com postagens diárias, Ryot colhe os louros de ser uma das séries mais bacanas da atualidade.


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