episódio de Agents of Shield
Sossega que não tem spoilers, aerofólios ou quarqué tunage!
Assisti a todos os filmes da Marvel, apesar de não colecionar e nem ler mais quadrinhos mainstream a uns bons 3 anos, sempre fui uma putinha lazarenta dos personagens chubidubamente batutas dos quadrinhos, pois eles tinham essa pegada mais pé no chão, mais jogo de várzea. Super herói se fodia para pagar contas, ter relacionamentos, conciliar seu tempo para passar com a família, enfim, tinha problemas pessoais que gerava certa identificação desse pau d’água aqui.
Nem preciso dizer que curtia muito o Homem Aranha por ser um cara fudido como eu, cuja única diferença é ter poderes. Ok, pegar mulher gostosa também…
Caramba, dane-se os poderes, pegar mulher gostosa já tava bom pra mim!
Os filmes da Marvel mantiveram essa pegada mais pé no chão que sempre curtia nos quadrinhos, muitos dizem que os filmes são superficiais e medíocres. Concordo, mas são divertidos bacarai, não curto filme iraniano mesmo então foda-se!
A série Agents of Shield mantém a mesma pegada dos filmes da Marvel: leve, com diálogos supimpas, frases de efeito e personagens superficialmente complexos e bacanas. Para um primeiro episódio é normal os gringos exagerarem nos estereótipos para o povo zé ruela entender, então estão lá: Os nerds que mexem com tecnologia exatamente como todos os nerds que mexem com tecnologia de todos os filmes e seriados com interpretação irritantemente exagerada Emmett Brown do paraguai; Temos a fodona artista marcial oriental misteriosa pica das galáxias; O galã de quermesse superespião reclamão e certinho; A hacker engraçadinha que poderia ser modelo ou figurante de clipe de rap; E finalmente, o Agente fanboy Coulson interpretado do mesmo jeito que foi interpretado nos filmes, igualzinho, só que com uma pegada mais escoteiro gente boa excêntrico que toma leite e salva gatinhos.
Sobre a série em si, os diálogos estão bem bacaninhas, quase tão bons quanto os do filme Vingadores, com tiradinhas engraçadinhas e discursos rápidos. O desenvolvimento do plot é bem nhézinho, tradicional recrutamento dos personagens pelo velho da taverna, blá blá, uma breve apresentação do que cada um faz, blá blá, adiciona alguns mistérios, põe umas ceninhas de ação para mostrar que são fodões, apresenta a organização do mal e os objetivos do grupo.
O personagem com superpoderes serve exatamente para esse fim de apresentar o teor da série: Depois do pega pra capar de nova York com alienígenas tretando com gente com superpoderes, o mundo está diferente e para cobrir essa mudança de paradigma, surge o grupo da Shield para catalogar, controlar e ajudar tanto os normais, quanto os super humanos. Esse grupo faz de tudo para não dar merda, para que todos possam continuar suas vidas normalmente, pagando suas contas, reclamando do governo e falando mal de seus vizinhos.
A série tem potencial, tirando os nerds irritantes (morram), senti que todos os personagens têm algo a ser desenvolvido, tem uma pegada misteriosa bacana. O que é muito bom para um primeiro episódio. Vou assistir mais episódios e rezar para que não seja mais um Heroes da vida.