Uaréva! Cinema,Marcelo Soares,Uaréview The Omega Man: A Ultima Esperança da Terra

The Omega Man: A Ultima Esperança da Terra

Há alguns anos atrás uma praga infectou todo o mundo e só Will Smith poderia salvar a humanidade. Não foi a primeira vez que isso aconteceu, antes dele um outro homem se viu as voltas com monstros noturnos e busca por cura.

No ano de 1975, uma guerra biológica entre a China e a União Soviética provoca uma praga bacteriológica que elimina a maioria da população humana da Terra. O coronel do exército e cientista americano Robert Neville (Charlton Heston) é contaminado, mas consegue se salvar a tempo ao aplicar em si mesmo uma vacina que pesquisava juntamente com o exército. Os humanos sobreviventes sofreram mutações que os impedem de viver durante o dia. 

Um grupo desses mutantes que se autodenomina “A Família” persegue Neville pois o consideram o último resquício do velho mundo que levou a destruição da Humanidade. Enquanto os mutantes repudiam o uso da tecnologia moderna, se valendo apenas de armas antigas como tochas e catapultas, Neville enfrenta os ataques noturnos com um arsenal de armas modernas que ele guarda em seu antigo lar, agora transformado em um bunker, enquanot busca sintetizar uma nova cura.

Durante o dia, ele anda na cidade silenciosa tentando localizar e exterminar os mutantes, pensando que é o único humano normal ainda vivo na face da Terra. Mas ele logo descobri estar enganado quando encontra com um grupo de pessoas que vivem isoladas nas montanhas 

Os Mutantes da “Familia”
The Omega Man (A Última Esperança da Terra, no Brasil) foi lançado 1971 com direção de Boris Sagal, foi o segundo filme feito baseado no livro I Am Legend, de Richard Matheson  – tendo The Last Man on Earth de 1964 como antecessor, onde tinha no elenco ninguém menos que Sir Vincent Price.

Canastrão é um bom nome para esse filme, mas não que isso signifique que seja ruim, pelo contrário, é bem divertido. Um verdadeiro canastrão até ingênuo, como muitos dos filmes de sua época. 

Com recursos mais modestos que as megaproduções de hoje em dia, e com uma visão de cinema e narrativa, atuação e afins bem datados, o filme é um grande reflexo da época em que foi realizado. Seguindo por uma lógica mais de critica social do que de sobrevivência, Omega Man usa de metáforas para por em confronto tecnologia x barbarie; ciência x religião – “algumas pessoas mais novas tem certa resistência à praga” como dito no filme, questiono se não seria um paralelo a ideia de que jovens resistem mais a doutrinação religiosa/conservadorismo? – presente x passado e até uma pitada de racismo em discussão. 

Avante Black Power!

O que chama  realmente a atenção no filme, sendo visto na atualidade, é que, apesar de mais fiel ao livro no qual se baseou, chega a ser ridícula certas situações e atitudes dos personagens, assim como o conceito da Família e seus propósitos, principalmente o final da obra. Heston vindo do sucesso de Planeta dos Macacos em 1968 incorpora o típico herói forte, corajoso, sedutor e caricato comum nas peliculas daquelas décadas. 

Mas, mesmo com todos as questões cinematográficas da época, é um bom filme para se ver com amigos ou em um Corujão da vida, pois fala de coisas importantes até hoje.

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