Em sinopse oficial, “St. Bastard é a história de um ruivo bonachão que vira protetor de uma comunidade alternativa chamada Cucamonga. É uma brincadeira escrachada com a cultura pop dos anos setenta”. A idéia é ser psicodélico, inspirado nos movimentos hippies, na contracultura, no LSD, em Raul Seixas, em passarinhos cantando em um jardim bonito, e por ai vai.
St. Bastard – O Orgulho de Cucamonga
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Às vezes fico impressionado, ou até mesmo surpreso, como a produção de quadrinhos nacionais tem crescido não só em número como em estilos, temas, e autores. No mundo da internets é ainda mais assombroso esse crescimento e o número de trabalhos a nossa disposição em um simples clique. Um exemplo disso é o trabalho que falarei hoje: St. Bastard.
Criação de Leonardo Martinelli e Raphael Salimena, a HQ St. Bastard teve lançamento oficial no VII FIQ, de 9 a 13 de novembro de 2011, em Belo Horizonte (o qual teve a brilhante cobertura uareviana aqui e aqui). No FIQ foi vendida a versão em CD da obra com a edição especialíssima de luxo do diretor (como tem dito no site), repleta de extras como música, papercraft, matérias, sketchbook e todas as páginas em alta resolução, para serem visualizadas em todos os seus detalhes. Logo após o evento, a primeira edição completa da série foi disponibilizada no seu site oficial: http://stbastard.com.br/
Mas afinal, do que fala essa história?
Bastard é um filho de um ilustre membro antigo de Cucamonga que volta a cidade para assumir o posto de guardião da comunidade. Em sua primeira missão ele tem que recuperar os ossos do prefeito falecido diretamente do inferno para trazê-lo de volta a vida.
Para mim a HQ tem boas sacadas, como os demônios que aparecem no inferno, e o acompanhante nessa jornada de Bastard, a proposta da comunidade e seus personagens também são bem interessantes, alguns diálogos são hilários e bem formulados, a arte nem se fala que é muito bonita em boa parte do tempo. Mas, e sempre se tem um “mas” não é, essa primeira edição se perde na busca de ser eternamente escrachada e humorada, tendo até ares demais de fanzine em alguns momentos – coisa que acho legal, mas não quando se tenta ter um trabalho mais profissional.