Grandes Astros Superman – O Filme

Uaréview
Por Monitor

A linha de história “All Star” foi criada para que grandes escritores e desenhistas da industria de quadrinhos pudessem escrever as histórias que quiserem com os personagens da DC Comics, sem nenhuma amarra criativa e/ou cronológica. O que ninguem imaginava é que no processo Grant Morrison e Frank Quitely criariam a historia definitiva do Superman para esta década. Com a chegada do filme em animação, a dúvida seria se a adaptação faria jus a historia original.

Mas antes de responder essa pergunta, vamos a história: graças a uma exposição extra a radiação do sol, maquiavelicamente planejada por Lex Luthor (voz de Anthony LaPaglia), faz que Superman (voz de James Denton) receba radiação solar demais que faz suas celular se sobrecarregarem de poder, ou seja, lentamente ele está morrendo de radiação solar. Em seus últimos dias de vida, ele decide se abrir com Lois Lane (voz de Christina “MAD MAN” Hendricks) sobre sua identidade, e por esse caminho faz suas maiores façanhas, sem saber que Lex Luthor tem planos para acelerar sua morte e finalmente dominar o mundo.

O filme, como adaptação, tem singelas diferenças que tornam, como toda boa adaptação deve ser, algo que complemente a obra original, ao mesmo tempo que torna o filme uma obra individual em relação a HQ. O filme se foca muito mais no triangulo Superman-Luthor-Lois e a importância do Superman para o povo da terra, como símbolo e os porques dele ser o herói definitivo. O finado Dwayne McDuffie fez um ótimo trabalho em selecionar as cenas icônicas certas para que a trama seja realmente a despedida/ultimo sacrifício de Superman para seu mundo natal enquanto serve também de exploração da personalidade e psique das pessoas de seu mundo.

Um lance que eu achei bacana é que ter dado um novo significado e elo com a trama do fato de ter “All Star” no titulo. Se antes era em relação aos artistas, aqui a evidencia que o Superman é a “Estrela Maior” se torna mais forte, e aí volta a um estilo Morrisoniano, que utiliza o teologismo para demonstrar a divindidade de Superman como entidade do bem, e que retoma temas teologistas como Sol sendo louvado como primeiro “Deus” da humanidade. Por isso é importante que na divulgação do filme e para a história a relação do Superman com o Sol.

No material cortado, saiu Kandor, saiu a edição do Jimmy Olsen (apesar de que o filme continua com a interpretação mais diversificada do personagem), e deixaram de fora Bizarro/Zibarro, que é uma parte foda na revista mas que realmente não teria espaço no filme. Outra coisa boa é que a arte de Frank Quitely foi transposta perfeitamente para a mídia animada, deixando um ar de sofisticação e maturidade, como por exemplo a arte em Aeon Flux.

No fim das contas, Grandes Astros Superman é tão impactante e emocionante quanto a revista original, e continua sendo um resumo básico e poderoso do que é Superman e o que ele representa.


NOTA:9.5

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