“Eu vi o futuro do Horror… E seu nome é Clive Barker”
Stephen King
Quem não conhece tanto terror pode nunca ter ouvido este nome, mas Clive Barker é um dos maiores autores do gênero das últimas décadas. Escritor, cineasta, produtor, dramaturgo e pintor, Clive Barker entrou para a Universida de de Liverpool para fazer Literatura Inglesa e Filosofia, mas aos 21 anos se mudou para Londres, onde fundou uma companhia de teatro a fim de produzir peças escritas por ele mesmo e, desde o começo teve como principal atrativo a fértil imaginação do autor.
Barker começou a ficar conhecido mesmo quando sua coletânea de contos conhecida como Livros de Sangue foi publicada nos EUA com uma “ajudinha” de Stephen King (que o considerou o mais novo gênio do terror) e acabou fazendo imenso sucesso, popularizando seu estilo particular de horror que logo se tornaria sua marca registrada. Narrativas repletas de pactos diabólicos, visões assombrosas, erotismo, abundância de sangue e gore, cadáveres, sadomasoquismo, escatologia e sexo estão entre os principais aspectos explorados nas histórias do autor, que podem gerar desconforto para leitores/espectadores mais facilmente impressionáveis.
No cinema, o autor se destacou quando escreveu e dirigiu a cinessérie Hellraiser, cultuada até hoje pelos apreciadores do gênero. A partir daí, Barker passou a alternar suas atividades entre a literatura e o cinema, sempre prezando histórias de fantasia/horror.
Barker também é um artista multimídia, versado em atuar em diversas áreas, não só cinema e literatura,tendo atuado inclusive na criação de jogos de computador como Clive Barker’s Undying e Clive Barker’s Jericho.
Clive Barker é o típico autor “ame ou odeie”. Não é fácil gostar do seu trabalho, mas é impossível ficar indiferente à ele. E só isso já é motivo suficiente para conhecer pelo menos algum trabalho do autor.
Curiosidades:
– Hellraiser é baseado no livro The Hellbound Heart (até onde eu sei inédito no Brasil), escrito também por Barker;
– O Mistério de Candyman, outro filme cult de terror é baseado em um conto de Clive Barker, e foi produzido pelo cineasta;
– Clive Barker também é fã de quadrinhos, tendo em 1993 conseguido publicar pela Marvel Comics uma linha de 4 títulos chamada Razorline (que se passava fora da continuidade do universo Marvel tradicional), que se interligavam e faziam parte de um universo de persoangens e premissas criadas pelo autor, mas escritas por outros roteiristas de quadrinhos, alguns inclusives conhecidos, como James Robinson e Larry (agora Lana) Wachowski, um dos criadores de Matrix;
– Clive Barker é também um talentoso artista plástico. A arte que ilustra o início deste post foi feita pelo autor.
Na próxima Madrugada.
Gregor era uma pessoa comum, um trabalhador que sustentava a família como muitos outros. Até que um dia acordou transformado num enorme inseto. Na próxima semana, conheça mais do clássico literário de um dos mais estranhos autores já existentes: A Metamorfose.