Scott Pilgrim contra o Mundo

Uaréview
Por Monitor


Até quando o hype deve ser levado a serio? Até quando um certo movimento deve ser levado a serio e seguido? Alias, quando surge e o que faz você seguir/curtir algo? Um tiro no saco.Pra mim, ler a revista de Scott Pilgrim é tão agradavel quanto levar um tiro no saco, MAS a adaptação tem um elenco bacana e um dos melhores diretores vivos(alem dele ser um dos meus favoritos) Edgar Wright. Afinal, a esperança é a ultima que morre, e quem sabe o filme melhora a revista como aconteceu com Kick Ass

Bem vamos a historia. Mesmo antes de ser adaptada as telonas, Scott Pilgrim já tinha a cara do Michael Cera: Baixista de uma banda de rock e mantendo uma relação com uma garota mais nova para esquecer um relacionamento passado, Scott Pilgrim (Michael Cera) encontra o amor da sua vida na forma de Ramona Flowers(Mary Elizabeth Winstead, falarei sobre ela depois), americana que se mudou para Toronto, Canada. Scott decide que tem que conquista-lá, mas para isso terá que enfretar 7 ex namorados dela. Até aí, se parece bem com aquilo que aprendemos na faculdade Michael Cera de Atuação:

Mas qual é o diferencial? Alem da grande presença da influência dos games, mangás e animes, também temos a presença de musica alternativa,e varias bandas undergorund, além daquelas criadas para o filme/HQ, como o Clash of the Demonhead.E aí que está O problema principal de Scott Pilgrim, não importa a midia.È um filme de nicho, de um publico especifico para um publico especifico.Por muitas vezes nem a presença forte da influência de games classicos não ajuda a te conectar com história, caso você não seja um indie, mulher e Scottaholic, não necessariamente os três, não necessariamente nessa ordem.

Alguem percebeu que ele não se parece porra nenhuma como Scott da revista?

O relacionamento de Scott e Ramona, assim como qualquerum na vida real, tem altos e baixos.E francamente, chega uma hora no filme que isso que assistir isso fica um saco.Aí que entra o melhor personagem da HQ/Filme, Wallace Wells(feito pelo irmão do Macaulay Culkin, o competente Kieran Culkin), o gay que é amigo de Scott ao mesmo tempo que o utiliza como sua personal bitch, esculachando e mostrando o quanto ele é bundão, mas não fazendo isso por mal, mas para fazer Pilgrim acordar e perceber o quão mané ele está sendo.

Mas além de Wallace e Mary Elizabeth Winstead , a grande atração do filme são as batalhas, muito bem feitas, e com uma ótima escolha de elenco pros 7 ex-namorados do Mal.Destaque para a cena final,contra o final boss Gideon Graves(Jason Schwartzman, de Bored to Death), o vegetárino Todd Ingram (Bradon Routh, provando de vez que melhorou muito como ator) com a participação inesperada do punishero e fodão-sem-oportunidade-de-demonstrar-isso Thomas Jane, o catfight de Ramona com Roxy Richter (Mae Whitman) e a batalha contra Lucas Lee, já que Chris Evans sempre consegue ser engraçado (mas acho bom ele parar com isso em First Avenger…)

No fim das contas, como disse acima, Scott Pilgrim é uma historia,não importa a midia, para um grupo especifico.Talvez seja por isso o motivo de seu fracasso nos States, ao mesmo tempo que a movimentação dos fãs para que o filme seja exibido para todos o elevou ao status de filme cult.Mas em especial, temos que dar credito a Edgar Wright, que conseguiu fazer um filme que de uma maneira ou de outra vai te divertir, seja pelo conteudo geral (caso você seja um fã HC) ou só em partes espeficas (mesmo que as outras partes sejam uma chatisse sem fim).Mas seja acompahando de fora, ou vivendo naquela mundo.o filme é interessante o bastante para ser assistido na telona, apesar de ainda não ser grandes merda.Foi um tiro no saco menos dolorido do que ler a HQ.

NOTA:5,5

PS 1:Você começa a se sentir realmente velho quando só você e uma outra pessoa numa sessão lotada ri descontraladamente da citação de New Kids On The Block

PS 2: È raro eu ficar altamente bolado por causa de uma mulher, mas toda vez que vejo Mary Elizabeth Winstead penso MEU DEUS COMO ESSA MULÉ É GOSTOSA!



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