O REI DA PUTARIA


PUTARIAAAA!!!! UHÚÚÚÚÚÚÚ!!! Post sobre “O REI DA PUTARIA” aqui no Uarévaa!! CAAALMA cuecas… Não é o homenageado Ponto Z de volta não, e sim nossa super leitora Camila Téo que retorna para iluminar esse espaço com conhecimento e cultura.

Então confere ai um pouco sobre a obra de Nelson Fodr…, digo, Rodrigues, e vê se se anima pra colaborar também!! Aqui no De fora da panela o tema é livre, envie DJÁ seu texto e imagens pra nossa “junta avaliadora” através do e-mail contato@uarevaa.com.

Olá leitores do Uarévaa

Conforme havia prometido num comentário feito em um dos posts anteriores segue uma indicação especial para ser lida e aproveitada entre uma atividade nerd e outra (não aguentei… rs).

Neste comentário que respondi, disse que gostava de Nelson Rodrigues e chamaram o autor de “O REI DA PUTARIA”. Ninguém pode duvidar que o escritor chocou a sociedade em que viveu descrevendo-a, mas não de forma polida como Machado de Assis fez anteriormente, mas com escracho, usando a linguagem simples, mostrando em seus textos as reportagens da vida real (portanto qualquer semelhança com o extinto jornal “Notícias Populares” NÃO é mera coincidência).

Nelson Falcão Rodrigues foi repórter do jornal O Globo na década de 40 e devido a um tratamento para tuberculose foi internado num sanatório e passou a dedicar-se ao teatro, e desse período saíram pecas espetaculares como Vestido de Noiva (1943) e Os Sete Gatinhos (1958), que foram encenadas e adaptadas para a televisão e o cinema.

Vejam abaixo um trecho da adaptação da peça Os Sete Gatinhos para o cinema (com Lima Duarte e seu bordel de filhas):

Suas peças abordavam muitos casos que eram praticados de forma velada pela sociedade carioca. A linguagem trazia muitas gírias e costumes da boemia carioca.

A passagem das obras para a TV trouxe a Nelson a fama abordada nos comentários aqui neste blog, só depois que filmes e series passaram a ser veiculadas na TV é que de fato a sociedade percebeu o quanto era profana e Nelson era apenas parte da sociedade e fazia questão de retratá-la de forma jornalística.

Não quero, no entanto defender o autor da alcunha que ganhou ao longo do século passado, mas quero mostrar que a “putaria” era mesmo a realidade na qual ele vivia e polemizava. Mostrava os preconceitos e a forma de vida (muitas vezes dupla) da sociedade da época.

Indico então a vocês uma obra dele de crônicas (Nelson escreveu romances, contos, crônicas e teatro) intitulada Elas Gostam de Apanhar – Histórias da Vida como ela É (1974).

(Preço médio R$30,00)

O titulo já é uma provocação a parte, mas o conteúdo é surpreendente (portanto, caso tenha alguma defensora da causa feminina que acessa o blog, respire e leia a primeira crônica antes de tentar me matar) e mostra que não só da putaria viveu Nelson Rodrigues. Composto por 26 crônicas mostra de maneira crua e simples a sociedade carioca do inicio da década de 70.

Vale à pena ler e conhecer melhor a obra daquele que trouxe o melhor e o pior da vida das ruas do Rio de Janeiro para o imaginário de milhares de brasileiros.

Fiquem agora com um trecho da adaptação da crônica “As Bodas” (do livro A vida como ela É) :

Mas, para fazer a alegria dos nerd de plantão, vejam este trecho da serie Engraçadinha…

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