“Não se pode matar o que já está morto”
Inúmeros filmes de zumbis
Com tanto tempo que os filmes de zumbis/Mortos-Vivos estão por aí, é de se espantar que as bases fundamentais do conceito criado por George Romero não tenha mudado quase nada, pelo menos até pouco tempo, quando algumas obras começaram a surgir que, se não redefiniam o conceito, pelo menos trouxe novo fôlego à esse tipo de produção e se destacaram por ficarem bastante originais. Um deles, o inusitado Extermínio (28 Days Later), onde um home acorda num hospital 28 dias depois de ter parado lá, e descobre que o mundo (ou pelo menos a Inglaterra) foi tomada por um vírus que transformar as pessoas em criaturas canibais sedentas de sangue.
Curiosidade: Apesar de ser considerado um filme de “zumbi”, o vírus no filme não traz ninguém de volta da morte. Na verdade, ele é uma espécie de variante do vírus da raiva.
Mas George Romero não é esquecido tão facilmente. Zack Snyder (Watchmen) dirigiu com sucesso Madrugada dos Mortos, refilmagem do clássico (Dawn of The Dead):
Se o conceito do Zumbi não é reinventado, pelo menos as histórias envolvendo o tema são. Um exemplo é o filme Deadgirl, um estranho e inusitado thriller de terror adolescente sobre dois jovens que mantém uma garota Zumbi em cativeiro para transformá-la em objeto sexual. Sim, foi isso que você leu. Deadgirl não estreou por aqui, e provavelmente nem estreará, ficando só no DVD mesmo.
Um subgênero (ou mix de gêneros, dependendo do ponto de vista) que muito se utilizou do tema foi o “Terrir”, as famosas comédias de terror. Diversas produções do tipo utilizando Zumbis foram feitas, mas podemos destacar entre elas o clássico oitentista A Volta dos Mortos-Vivos
O recente – e genial – Todo Mundo quase Morto
E o vindouro – mas que já nasceu clássico – Zombieland
Além da indústria do entretenimento, os Zumbis também atingiram as manifestações culturais. Desde 2003, diversos aficcionados pelo gênero se reúnem numa caminhada que ficou conhecida como Zombie Walk (por motivos óbvios), onde as pessoas se vestem, se maquiam e agem como se fossem os mortos-vivos imortalizados por Romero. Originalmente, a caminhada surgem como uma manifestação cultural que visava usar o tema como crítica à diversos aspectos da sociedade, assim como Romero fazia em seus filmes.
Creio que os Mortos-Vivos estão longe de saturarem, tanto na tela quanto no papel. Com tantos perigos aos quais o ser humano está submetido de verdade, é bom saber que pelo menos esse fica só na ficção. Ou não?
Em todo o caso, é sempre bom estarmos preparados (e bem-informados):
Na próxima Madrugada:
O Hotel mais assustador que você já teve coragem de Entrar: Hotel 626.