Você, que é um bom leitor de HQ´s de super – heróis, deve saber que no ano passado a Panini teve a abençoada idéia de reunir todas as histórias que envolviam os Lanternas Verdes numa única revista. Tendo como grande atrativo a saga “A guerra dos Anéis”, escrita por Tolkien Geoff Johns a revista rapidamente (e facilmente também, diga-se de passagem) se tornou a melhor revista de super – heróis sendo publicada no Brasil.
Depois do fim da Guerra dos Anéis a revista passou a contar com menos histórias sobre os Lanternas Verdes e recebeu a adição das novas histórias do Gladiador Dourado, escritas também por Geoff Johns, mas dessa vez com a parceria de Jeff Katz nos roteiros. Eu gosto do personagem, mas quando vi que o mote principal seriam viagens no tempo, na já complicadíssima cronologia da DC pensei comigo mesmo, “isso vai dar merda”. Hoje, depois de ler Dimensão DC #8, que conta com o fim do primeiro arco do Gladiador e a volta da revista pro número zero (mas já?!?) sabe o que eu acho?
Acho que a iniciativa de revitalizar o personagem, pelas mãos do workaholic Geoff Johns foi uma idéia genial da DC, no meio de tantas mega-sagas-caça-níqueis vagabundas que ela vem lançado ultimamente. As histórias tem um ótimo clima aventuresco, dosando muito bem humor e ação. A idéia das viagens no tempo do Universo DC foram bem exploradas até aqui, mas acho que isso pode vir a cansar o leitor no futuro, but in Johns we trust!
O Gladiador abre mão do sonho de ser reconhecido pela Liga da Justiça e de fazer parte dela para se tornar um guardião do tempo, um herói anônimo, tudo para poder ter uma chance de poder evitar a morte do seu melhor amigo, o Besouro Azul Ted Kord, que morreu durante a série Crise Infinita.
E pelo menos até Booster Gold #0, que foi publicado em Dimensão DC #8, ele consegue salvar Ted e refaz a hilária parceria que ficou famosa no iníco dos anos 90, época da Liga da Justiça Internacional ( escrita por Keith Giffen e J. M. DeMatteis).
A não-morte de Besouro Azul teoricamente bagunça a cronologia da DC (apesar de eu não gostar de personagens que morrem para ressuscitarem meses depois, eu abro uma exceção nesse caso), mesmo com o argumento criado por Johns de que ninguém pode saber que Ted Kord não morreu para não haverem bruscas alterações na história, mas pelo andar da carruagem e pelo talento e grande conhecimento sobre o universo DC que o autor tem, creio que as próximas histórias irão explicar melhor e de forma convincente a volta do Besouro.
Pra finalizar espero que a DC, após terminar sua última Crise, a Crise Final (todos esperemos que seja a última mesmo), adote a filosofia de Johns, de histórias simples porém bem escritas, e que pare de investir em mega-sagas-caça-níqueis pseudo-catastróficas.
Nota 10