As redes sociais em seu limite? Ou as redes sociais são mesmo a casa da zoeira? #Instafood ou #instasex? A Mila responde…
“Eu voltei, não sei se vou ficar, mas aqui, aqui é meu lugar…”. Detonando Roberto Carlos “com força” venho aqui para comentar o sucesso de uma rede social que amo muito, o Instagram. Criado em 2010 com o intuito de compartilhar imagens em várias redes sociais ao mesmo tempo e com aplicação de filtros e outros efeitos, o Instagram já tem mais 200 milhões de usuários no mundo, e não para de se popularizar.
Assim como o twitter e o Facebook (até o Facebook entrou nessa), o Instagram utiliza as #hastags para “marcar” algumas especificidades das fotos, ou mesmo categoriza-las de alguma forma. Claro que não é incomum você “rolar o feed” do Instagram e se deparar com fotos legendadas por mais ou menos 40 hashtags inclassificáveis e, dependendo da imagem, ainda clicar no coraçãozinho meigo que mostra o quanto você curtiu aquilo.
Qual é o limite da exposição na rede? (Fábio Porchat já cansou de responder a essa… NÃO PERA…)
Hoje, assim como a zoeira, a exposição nas redes sociais não tem limites, quanto mais hashtags e mais curtidas, melhor, se elas vierem acompanhadas de comentários então, a missão foi cumprida com total êxito.
Para isso vale a postagem de um prato “super hiper mega blaster” bem montado daquele restaurante fodão ou a selfie com todos os seus primos durante a missa de sétimo dia do seu avô, o enterro do cachorro, seu irmão bêbado na balada, sua mãe dançando o quadradinho de oito, suas cicatrizes após um acidente que quase te tirou a vida ou até mesmo uma foto super bem produzida das suas preliminares, sexuais… OPA!
A #badhair day of this girl |
#Instasexy, #Instasex e #aftersex
Esse tema “mamilos” (ainda usam isso?) merece mesmo um tópico só para ele. Entre tantas
hashtags do Instagram, três que têm feito muito sucesso são: #Instasexy. Fotos de mulheres e homens em poses sensuais e até mesmo provocativas, chamando a atenção para seu decote, barriga sarada ou boca carnuda, por exemplo.
Os “artista” pira. E todo mundo gosta! |
#Instasex
O registro de preliminares do ato sexual (envolvendo até mesmo a mão naquilo e aquilo na mão), com ou sem produção. Uma busca por essa hashtag tem como resultado fotos de beijos, carícias, frases provocativas e pessoas com “carinha de quem tá gostando demais”.
Olha o “aiiii” ângulo amor |
#Aftersex
Há quem ache essa categoria até um tanto romântica. Parceiros sexuais, depois do ato em si, registram selfies de seus “estados pós orgásticos”, ou seja, a cara de acabados dos mesmos depois de uma boa dose de “diversão”. Existem os parceiros acabados e também os fofinhos, já se preparando para o descanso de conchinha.
Até Barbie e Ken tão nessa |
São diversas formas de demonstrar amor, carinho, desejo e de chamar a atenção para algo bacana que você está vivendo, no entanto… Nessa onda de superexposição, vale o lembrete: se você não tem o devido controle de quem são os seus “amigos virtuais” ou deixa a rede em modo público pode mostrar além do que deveria e com isso conseguir apenas mais motivos para ficar #chatiado
Obs: a autora do texto usou imagens retiradas de buscas do google e também do próprio instagram.
_______________________________________________________________
CAMILA TÉO
Formada em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), leitora constante que mora em uma pequena biblioteca, professora, revisora, tradutora e viciada em cinema e cultura em geral. Escreve também a coluna CulturaMila.