“Souzaria Serra Pinto”
“Di-di-di-diz! tchã-an! tchã-an!” * (Citação recorrente durante o FIQ.)
O FIQ 2011 em BH foi o melhor presente que o Uarévaa nós membros ricos podemos nos dar. Pagamos uma de bonitão e ainda nos saimos bem! Como uma camisa faz diferença num evento desses… Principalmente pra não pegar fila pra entrar. =)
Tentamos fazer da maneira certa, nos cadastrando como imprensa para o evento, mas como não nos liberaram pra isso, fizemos a cobertura da maneira mais uaréviana de ser, ou seja, sem pretensão nenhuma e se divertindo muito!
Bom, primeiro é bom avisar que vou fazer um apanhado do que aconteceu à partir do terceiro dia (no sábado), porque o vagabundo do
Z tá com preguiça de escrever um post sobre isso e só ele tava por lá nos primeiros dias. A única coisa que sei é que ele fez bastante contato com alguns artistas por lá para participar de podcasts futuros. Ele me disse também que tem uma galera que conhece o site e acabou falando bem da gente, numa recorrente comparação de que somos o site que copia o
MDM, mas escrevemos muito melhor e com conteúdo mais relevante.
Z, Vini e Balbi
Muito das loucas aventuras e altas confusões que essa dupla, na verdade trio, do barulho aprontou vão ser devidamente relatadas no próximo podcast. Então aguardem aí, sô!
Pra começar, só digo uma coisa: o
FIQ 2011 foi demais! Exprudiu tudo em BH!
Foi muito bom encontrar pessoalmente a galera que a gente conhece só pela internet e ter certeza (ou não) do que a gente projetava deles. Pra começar devo citar o grande Guilherme Balbi que foi um baita anfitrião. Um cara gente finíssima e que desenha muito, diga-se de passagem, e merece com certeza tudo que está por vir aí. (Grandes revelações no podcast, hein? Não percam!).
O estranho é que ele fica com a cara do Jeremias quando desenha. Saca só:
O engraçado desse caboclo é que ele vive reclamando que fazer o Homem Aranha é chato de fazer, mas qual é o primeiro desenho que ele faz quando pedem pra ele fazer um? Hã-hã?
Lá realmente deu pra perceber o quanto a gente era reconhecido. Fiquei muito contente de encontrar a galera que faz quadrinho, assim como eu, lá na mesma pousada mequetrefe. Mario Cau, Cadu Simões, Daniel Esteves, Akira Sanoki, entre outros… aliás, abraço pra todos!
Ter conhecido finalmente o Leo Finocchi, gente boníssima e dono de um talento muito foda pra desenho, que acabou me dando uma força (sem saber talvez) quando disse que queria ver mais coisas sendo produzidas por mim e que eu não devia parar. Assim como também falou o escritor dos fantásticos “Os Passarinhos” e “Pequenos Heróis“, Estevão Ribeiro, que acabou me dando uma bronca por estar sendo mais blogueiro do que cartunista. Só espero que ele cumpra a promessa da gente retomar o projeto antigo que já está começado e tem tudo para ser uma ótima HQ autoral. =)
Conhecer então os meus ídolos já foi um esquema à parte!
Como eu disse para o próprio Fernando Gonsales, enquanto ele autografava um dos meus álbuns do Níquel Náusea, ele foi um dos reponsáveis por eu ter ingressado no mundo dos quadrinhos e ele simplesmente me disse: “Minhas desculpas por isso!” Hahahaha, fantástico!
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Gaguejando que nem nos podcasts…
Cara de fanboy feliz!
Apesar de muita gente parecer torcer o nariz pros gêmeos Gabriel Bá e Fábio Moon (talvez por uma certa postura que eles assumem perante os outros, meio que de ficarem na deles) eu, particularmente, acho o trampo dos caras muito bom e pelo menos comigo foram bem simpáticos. O Moon fez um puta desenho legal pra mim e ainda pudemos conversar bastante sobre quadrinhos + música como uma forma muito legal de se contar uma boa história. Ele inclusive deu dicas bem legais de materiais nesse “naipe”.
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Bá autografando meu Umbrella Academy
Fabio Moon fazendo o desenho abaixo
Não vejo a hora de adquirir o meu Daytripper, mas a grana tá curta!
Aliás, esse lance de tratamento com o público deve ser uma coisa complicada para artistas, imagino eu. Talvez por timidez, cansaço ou até por ter uma postura de soberba mesmo que o cara sempre teve e não consegue esconder. Vi alguns caras lá serem meio maltratados por seus ídolos e deu o que pensar, sabe. Tá certo que alguns nerds lá pareciam que só pegavam no tranco, mas sei lá… achei algumas coisas desnecessárias. Teve um carinha lá que foi simplesmente ignorado enquanto pedia para olhar seu portfolio. Era só dizer que não dava e pronto, carai. Mas isso foram pontos isolados…
Percebi que se você não tivesse com uma revista do cara debaixo do braço, tipo fanboy, não era muito bem visto na hora do autógrafo por alguns. Mas, porran, se fosse pra levar tudo o que tenho, por exemplo, precisaria de mais duas malas de viagem!
Sei lá, posso estar enganado, mas acho que Ivan Reis (Lanterna Verde e recentemente Aquaman/DC), um cara que desenha muito por sinal, ficou meio desconfiado de que eu não conhecia seu trabalho e foi meio indelicado durante o autógrafo, enquanto me presenteava com essa m… pérola de desenho! Tá certo que pedi pra ele desenhar qualquer coisa, mas também não precisa tirar a cara dos manu, certo? =)
Ele comentou que achava engraçado a quantidade de pessoas que estavam no evento, mas que esse número não se refletia em vendas de revistas. Eu tive que lembrá-lo que o preço das revistas em quadrinhos no Brasil não são muito convidativas, além de muitas vezes a qualidade das histórias e mixes não serem boas e não é todo mundo que pode gastar mais de 50,00 paus por mês em revistas, por mais que curta muito ler.
Já
Rod Reis foi mais batuta e fez um desenho maneiraço do Bátima!
Danilo Beyruth, além de talentoso é um cara hiper gente fina e atencioso com seus fãs. Conversa de boa e sempre é muito simpático com todos. O cara detona, fala a verdade?
Saindo um pouco do campo dos ídolos, vamos falar de companheiros de trabalho, blogueiros e quadrinistas independentes.
Conhecemos pessoalmente alguns dos caras que fazem e/ou faziam o site Melhores do Mundo (não que isso seja grande coisa) e pudemos trocar ideias sobre o evento, marcar uma foto que não tirada por causa do Mallandrox e descobrir finalmente quem é o MDM gay. Cruzamos direto com o Poderoso Porco que ficou lá trocando uma ideia com a gente e é o cara mais gente fina de lá (só porque me pediu pra fazer um desenho pra ele, hehehe).
Bom, falar de tudo que a gente viveu ali dava um podcast só pra isso e então resolvi fazer um resumão de algumas coisas interessantes.
Primeiro, o FIQ demonstrou ser um mega-evento de quadrinhos. Com boa estrutura, ótimas exposições, vários debates, oficinas, avaliações de portfólio, grandes convidados e uma grande quantidade de estandes espalhados pelo evento, com uma grande quantidade de títulos nacionais independentes, que agradou a muitos leitores e mostrou que a “indústria” por aqui pode ser forte. Foram três lojas no evento, como a Comix, que deu um razoável desconto nas revistas, deixando-as mais convidativas para a compra.
Eis minhas aquisições!
Com certeza o evento superou minhas expectativas e não decepcionou!!!!
Fiquei impressionado com a exposição “Criando Histórias em Quadrinhos” que mostrava de maneira muito criativa uma espécie de “passo-a-passo” de como é confeccionada uma HQ, entre lápis, arte-final e colorização. Trampos fantásticos como os de Alex Ross e Felipe Massafera.
Original de Alex Ross
Original de Massafera
Teve ainda uma bela coleção de estatuetas DC Cover Girls, confira abaixo algumas:
Nessa grande e incrível mostra tinha desde o exemplar original da primeira tiragem do livro A Sedução dos Inocentes (1954), livro responsável pela imposição de um código de ética às editoras de quadrinhos, até o exemplar de Comicology Kingdom Come Companion (1999), publicada pela Harbor Press, que trazia um amplo material de consulta sobre a série (Não tão completo quanto o podcast que a gente fez) e que foi retirada de circulação a pedidos da DC Comics por infração de direitos autorais.
Outra parada interessante foi a
Revista Graffiti. Infelizmente não tive tempo de me inteirar mais sobre ela, sempre que sobrava uma brecha, rolava uma mesa de autógrafos. Mas se você estiver interessado em saber mais, pode conferir a que se propunha essa revista, inteiramente produzida durante o Festival,
aqui.
Cara, o FIQ serviu para empolgar muita gente a tocar os projetos parados, inclusive eu! Até o Z voltou a desenhar!!!
Melhor pra mim que posso dividir a responsa dos desenhos do blog com mais dois, certo Freud? Hahahahaha.
Fiquem aí com os vídeos que o FIQ disponibilizou sobre algumas coisas que rolaram por lá. E até o próximo!!!!
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