“…com a Pin”

Há muito tempo que eu não chego de uma sessão de cinema já pensando no que vou escrever, e hoje com Distrito 9, isso aconteceu. Confesso que fiquei curiosa quando vi o trailer desse filme, mas desanimei depois de ver a critica fraquíssima que ele recebeu do site que leva o entretenimento a serio. Fui meio sem esperanças mas confesso que o filme tirou meu fôlego do começo ao fim e cheguei a pensar que o cara do Omelete assistiu outro filme porque eu não vi nada do que ele escreveu na sua resenha.Curiosos?

Vale começar dizendo que Peter Jackson fez milagre com a grana que tinha na mão, afinal para os padrões de hoje 30 milhões para um filme envolvendo aliens, robôs, explosões e tudo mais, é quase nada. Para quem não conhece, a história é a seguinte: Uma nave alienígena chegou a Terra, e estacionou no ar bem no meio da África do Sul e lá ficou por 20 anos… Durante essas duas décadas, os aliens que lá viviam foram resgatados pela ONU genérica do filme, transportados para um acampamento (o Distrito 9 que nomeia o filme) e lá ficaram durante esses anos interagindo com os humanos.
Com o passar do tempo a relação amigável que antes existia se desgasta e os Africanos exigem a saída deles de lá, e é nessa historia que o filme foca, na tentativa de mudar os aliens para um novo local, e quem chefia essa remoção é justamente o personagem principal do filme, um executivo da MNU que é escalado para tentar de forma amigável conseguir que eles se mudem sem resistência, mas em sua primeira empreitada em busca das “assinaturas” dos camarões (modo como os aliens são chamados) ele entra em contato com um estranho fluído que transforma toda a historia do filme.
O que mais me surpreendeu nesse filme foi o modo como a historia foi contada… ora se passava no futuro, com depoimentos como se houvesse um documentário sobre a vinda dos aliens a terra e sua relação com o personagem e ora a história era contada no presente seguindo passo a passo o executivo como se o tal documentário estivesse sendo gravado, no melhor estilo a Bruxa de Blair. E em certos momentos ainda há a câmera do diretor principalmente do meio do filme pra frente. Essa mistura de tempos, mistura de amador e profissional deram um ritmo incrível ao filme e podem ficar despreocupados, não tem confusão nenhuma pra entender o que está se passando na tela.
Não tem como não comentar da natureza humana num filme como esse, é a velha historia… tememos o que não conhecemos, e atacamos da pior maneira possível. Experimentos, torturas, mortes e jogos mortais fazem parte do que os humanos do filme tiveram coragem de fazer com o que não conheciam, é triste admitir uma coisa dessas mas eu duvido que seria diferente se isso acontecesse fora das telas.

Quanto ao final? Há pelos menos 3 reviravoltas até que se chegue ao verdadeiro final, da tempo de você sentir raiva, dó, orgulho e satisfação com tudo o que acontece nos últimos 15 minutos de filme.
Esse filme é a verdadeira prova que não é preciso distrair os olhos com efeitos especiais a cada 5 minutos de filme para que esse seja um ótimo filme. Uma idéia nova, o dinheiro usado de maneira inteligente e um elenco competente mas barato fizeram deste o filme que mais me surpreendeu e agradou nesse ano. Eu indico para todos que dêem um pulinho no cinema pra conferir, vale muito a pena.
Nota 10, não tenho o que acrescentar e muito menos o que tirar desse filme, excelente.

Boa semana a todos
Bjinhusss
Pin…

Obs: Eu acho que ele volta…. e você?

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