Por Monitor
Rush é uma deas maiores bandas de rock do mundo, isso é fato inegável. Mas por muito tempo permaneceu renegada pelos criticos ditos “especializados”, e só agora conseguiu estar entre os panteão dos grandes astros do gênero, apesar deles mesmos nunca ligarem muito pra isso, afinal, sua doentia e fiel legião de fãs nunca os abandona. E com o documentário do competente Sam Dunn (Flight 666, Global Metal, Headbanger’s Journey) mostra a trajetória do grupo do inicio até os dias de hoje.
O filme conta com participações de inúmeros artistas e fãs da banda, como Billy Corgan (Smashing Pumpkins), Taylor Hawkins (Foo Fighters), Jack Black (dispensa apresentações), Gene Simmons, Sebastian Bach (irreconhecivel e com a voz mais fina que nunca) e o atual desempregado Mike Portnoy. Todos comentam suas expêriencias com a banda, dentro e fora dos palcos, e como a música deles foi importante para defini-los como artistas e pessoas. Além disso, o espaço para os fãs desconhecidos também foi aberto, mostrando que ser fã de Rush é, especialmente / definitivamente, viver para a banda.
Mas o que importa no Rush não é o que eles poderiam ter sido se fossem rock stars fazendo merda, o que mostra o grande diferencial de outros documentários sobre bandas. O que faz o Rush é sua musica, é dela que gerou a amizade entre os integrantes, e sua sintonia musical que a tornou o que é hoje. Como por exemplo na trunê com o Kiss, onde ficaram no mesmo andar com varias lideres de torcida (ou algo do tipo) no mesmo andar e não fizeram nada. Se fosse o Kiss, cada uma delas sairia grávida de lá (rs). Mas em compensação, ver uma sessão de gravação do 2112 é uma viagem muito mais doida do que qualquer coisa.
Mas não só o ponto de vista do fã para a banda foi mostrado, mas também da banda com os fãs (como por exemplo a suposta “antipatia” de Neil Peart) e a relação entre eles, assim como os problemas que influciavam eles a tomarem certas decisões, como parar as atividades depois da turnê do test of Echo após a morte da filha de Neil. Em especial a batalha até a banda conseguir se soltar das amarras da gravadoras no começo da carreira, e as coisas insanas pra gravar as músicas da “fase progressiva” (coloco entre aspas porque sei que o fãs mais hardcore vão reclamar de toda e qualquer classificação), as mudanças da decada de 80, a volta ao rock nos anos 90 e, como o filme cita ” A Vingança dos Nerds”, nos dia de hoje.
No fim das contas, Geddy Lee estava errado em relação a algo que diz numa cena durante os creditos. A história do Rush é nada tediante, é empolgante, porque foca naquilo que de certo modo vai ser sempre o legado de qualquer artista musical: não é aquilo que ele faz ou deixa de fazer, seja coisas comuns ou extravagâcias, mas sim a sua música, essa sim nos levando a outras histórias, sensações e sentimentos.
NOTA: 9,0