Uaréva! Uaréview Uaréview: Batman e a Liga da Justiça Sombria

Uaréview: Batman e a Liga da Justiça Sombria


LJD

Uma das coisas que mais curto no Universo DC dos quadrinhos são suas histórias e personagens ligados a magia, por sinal meu preferido sempre foi o Sr. Destino que infelizmente nunca foi bem representado em live action. Contudo, quando anunciaram a animação da versão mistica da Liga da Justiça criada nos Novos 52 fiquei bem com o pé atrás por conta das últimas animações da Warner Premiere que se baseavam em arcos dos quadrinhos e eram, pra ser educado, bem fracas e chatas.

Liga da Justiça Sombria utiliza somente os personagens, e nem todos, da HQ e deixa de lado o arco inicial que colocava a Magia como vilã e motivo de reunião dos seres místicos da DC – bem pelo uso dela no filme do Esquadrão Suicida. Aqui vemos John Constantine, Zatanna, o Monstro do Pântano, Etrigan e Orquídea Negra lutando contra um inimigo misterioso que está fazendo pessoas surtarem ao redor do mundo e que Batman, Superman e outros super-heróis não conseguem derrotar.

Digo logo que a animação é bem mediana, melhor do que as que vinham sendo feitas pela produtora, mas ainda com clichês e coisas sem muita força na história, principalmente o vilão que em nenhum momento é realmente interessante. Além de termos mais uma vez a mania da DC de colocar o Batman em tudo porque não confia que seus personagens  possam ser atraentes sem o morcego no meio, aqui isso fica tão evidente que Bruce Wayne parece boa parte do desenho um enfeite que fica no canto da sala enquanto os outros fazem algo de fato – tendo até piadinhas visuais feitas com ele.

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Em contrapartida, a ação e uso de poderes mágicos são realmente interessantes – e só me deu mais vontade de ver no cinema e com o Guilhermo Del Toro na direção – apesar de um traço bem pasteurizado, sem expressão, que não se encaixam com as vozes da dublagem, movimentação tanto dura, sem um ar próprio, autoral ou que lembre mesmo as contrapartes quadrinhescas. Infelizmente, esse é um padrão atual das animações da Warner que se focam em audiência, fazendo diversos filmes por ano e não dando tempo e melhores condições para sua equipe de fato fazer obras de mais qualidade.

A personalidade dos personagens pelo menos são mantidas e é legal de ver o Desafiador com suas piadas interagindo com o Batman, o Constantine egoísta e sacana e o Monstro do Pântano carrancudo e na dele. O final traz algumas reviravoltas para os personagens que não entendi o sentido, não agradam quem gosta deles e provavelmente não foram feitas para repercutir numa continuação – que duvido que exista.

Por final, LJS vale a pena ser assistido se você for curioso para ver o que continuam fazendo com personagens famosos e for simpatizante de histórias de magia sabendo que não vai encontrar nada de espetacular e inovador.

 

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Liga da Justiça Sombria (EUA, 2017)
Direção: Jay Oliva
Roteiro: Ernie Altbacker
Dubladores: Rosario Dawson, Camilla Luddington, Jeremy Davies, Jerry O’Connell, Jason O’Mara, Alfred Molina, Matt Ryan, Dee Bradley Baker
Tempo: 75 min.
Nota: 7.0

 

 

 

 

Jornalista, Mestre em Comunicação, autor dos livros O Maior Espetáculo da Terra (Editora Penalux, 2018), MicroAmores (Escaleras, 2020) e Grãos de Areia (Urutau, 2022)

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