No Brasil o filme recebeu o nome de “Feito Gente Grande, mas o nome original que em tradução livre seria algo como “o vento em minhas panturrilhas” é mais digno com a história, que nos leva pelas preocupações e descobertas de Raquel, que tem sua breve vida mudada a conhecer Valérie e sair correndo pela cidade e pela vida a toda velocidade.
O filme para mim é uma mostra da vida e seus ciclos de inicio e fim, seja em casamentos, em questionamentos ou em revelações. O que Raquel se pergunta no inicio da obra lhe é respondido no fim de uma forma prática, direta. Outro ponto bem interessante do filme são os seus paralelos, onde podemos ver a família e casa de Raquel em um extremo oposto com a de Valérie – e ai aplaudo a direção de arte e fotografia que deram todo o toque especial nesse ponto.
Além disso tudo, algo que me chamou a atenção também é como o filme dialoga consigo mesmo, retomando pontos anteriores para ou mostrar o outro lado dele ou meio que respondê-lo. Uma obra tocante sobre a infância, e num mundo cinematográfico onde é mais comum filmes sobre descobertas infantis-adolescentes masculinas, fico feliz de ver a visão feminina e, além disso, uma obra que não deixa de explorar nenhum personagem (até a avó teoricamente um problema familiar). Mais que recomendado.
Nota: 9.5
Du vent dans mes mollets
Direção: Carine Tardieu
Elenco: Agnès Jaoui, Denis Podalydès, Juliette Gombert
Gênero: Comédia
Nacionalidade: França