No CBQ de hoje, Freud fala sobre as hqs The Walking Dead #1, Conseqüências e do encadernado Grandes Astros do Faroeste.
The Walking Dead #1
Devido ao sucesso do seriado televisivo baseado nessa HQ, a publicação de Walking Dead no Brasil segue agora o caminho inverso ao original americano: começou saindo em encadernados pela Editora HQM (usando o nome Os Mortos-Vivos), quando o seriado ainda não existia, e agora passa a ter suas edições “avulsas” saindo nas bancas, pela mesma editora.
Sobre isso vale mencionar algumas coisas: a HQM continuará publicando os encadernados normalmente e quem os acompanha já está muitas edições à frente na trama, mas para quem vai começar a ler a série agora, a desvantagem dessa defasagem pode ser compensada pelo tamanho das páginas, que são um pouco maiores que as dos encadernados, e pelo preço, pois os encadernados tem saído a um preço por história proporcionalmente mais caro que a versão mensal (eles vem com 6 edições a R$34,90 e 6 edições da mensal, se mantido o preço atual de R$3,90, saem por R$23,40).
Na primeira edição o roteirista Robert Kirkman acerta em cheio ao jogar o protagonista Rick Grimes abruptamente em meio ao caos gerado por um inexplicado apocalipse zumbi, deixando o personagem e os leitores exatamente no mesmo pé a respeito do que diabos está acontecendo. A leitura flui bem rapidamente e a boa arte de Tony Moore se destaca ainda mais na emoção das expressões faciais dos personagens e na representação dos zumbis.
Nota: 9,0
Conseqüências
Essa HQ curta escrita e desenhada por Caio Majado, tem 16 páginas (sendo 10 de história e as demais com uma apresentação, esboços e informações sobre sua criação), tamanho 23 X 15 cms, capa colorida e miolo em preto e branco e foi lançada em 2008.
Ela se passa num cenário medieval e fala de um garoto abandonado sozinho em sua vila devastada pelo ataque de soldados de um reino vizinho. Gostei da capa e da arte interna, e a trama, embora simples, é bem desenvolvida, com um final que consegue se mostrar interessante mesmo não sendo surpreendente.
Adquiri meu exemplar durante a segunda Rio Comicon, por R$2,00, mas embora tenha sido lançada a 4 anos atrás, ela ainda se encontra a venda clicando AQUI.
Nota: 7.0
Grandes Astros do Faroeste
A DC Comics em seu reboot comenteu erros e acertos, mas um dos acertos foi manter a dupla Justin Gray e Jimmy Palmiotti, então responsáveis pelos roteiros da revista de Jonah Hex, trabalhando com o personagem em seu novo título, Grandes Astros do Faroeste. Mais ainda, acertou ao escalar o incrível artista Moritat como fixo no título, que antes era dividido por vários desenhistas.
Outra mudança foi acabar com as histórias independentes e integrar o anti herói ao universo DC, com uma trama que continua mensalmente, situando Jonah na antiga Gotham City e colocando Amadeus Arkham como coadjuvante. Por já ter me decepcionado com algumas histórias em várias partes de Jonah pelos autores, isso era algo que eu temia dar errado, e realmente acabou levando a algumas situações mal trabalhadas na série. Pra mim, a dupla de roteiristas trabalha melhor em histórias fechadas mas, apesar disso, relevados alguns deslizes, a série é interessante.
Sobre a arte, confesso que gostava do revezamento de artistas na revista mas, ao escolher um para se tornar fixo, Moritat sem dúvida foi uma das melhores opções possíveis, senão a melhor, pois sua arte e narrativa são o ponto forte da revista.
A opção da Panini por encadernar as histórias em arcos é perfeita para essa série e espero que sua publicação continue pois, segundo a editora, a série anterior de encadernados de Jonah Hex foi infelizmente interrompida aqui não pela chegada dos Novos 52, mas por baixas vendas. O encadernado, que além das histórias de Jonah Hex tem também hqs curtas de outros personagem do velho oeste da DC, galeria de capas e um texto de duas páginas falando sobre a publicação do pistoleiro no Brasil, tem 180 páginas e custa R$21,00.
Nota: 7.5