Se você tem telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor mas nunca os usou pra ver esse curta, a hora é agora.
Ilha das Flores é um premiado curta metragem escrito e dirigido em 1989 pelo cineasta Jorge Furtado, conhecido por seus vários trabalhos na Globo e por filmes como O homem que copiava, Meu tio matou um cara e Saneamento básico, o filme.
O curta narra, como um documentário, a trajetória de um tomate desde sua plantação até o consumo final, usando de descontração e sarcasmo para criticar a desigualdade que existe no capitalismo.
Se você ainda não conhece, vale muito a pena.
Antes que alguém julgue “mais uma heresia uaréviana” postar um filme que destaca a frase “Deus não existe”, cabe informar que a própria CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu ao filme o Prêmio Margarida de Prata, como o “melhor filme brasileiro do ano” em 1990 e refletir, acima de qualquer ironia que ele use ou convicção pessoal que possa questionar, sobre a importância de sua forte mensagem sobre desigualdade social.
Outros prêmios recebidos pelo curta:
– 17º Festival do Cinema Brasileiro, Gramado, 1989: Melhor filme de curta metragem (júri oficial, júri popular e prêmio da crítica), Melhor roteiro, Melhor montagem e mais 4 prêmios regionais (Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Montagem).
– 40º International Filmfestival, Berlim, Alemanha, 1990: Urso de Prata para curta metragem.
– Prêmio Air France, Rio de Janeiro, 1990: Melhor curta metragem brasileiro.
– 3º Festival Internacional do Curta-metragem, Clermont-Ferrand, França, 1991: Prêmio Especial do Júri, Melhor Filme (Júri Popular).
– American Film and Video Festival, New York, 1991: Blue Ribbon Award.
– 7º No-budget Kurzfilmfestival, Hamburgo, Alemanha, 1991: Melhor Filme.
– Festival International du Film de Region, Saint Paul, França, 1993: Melhor Filme.
Além disso foi eleito pela crítica européia, em 1995, como um dos 100 mais importantes curtas-metragens do século e consta no livro “1001 Filmes para Ver Antes de Morrer”, organizado por Steven Jay Schneider.
Mais informações, críticas e os roteiros do curta podem ser vistos na página da Casa de Cinema de Porto Alegre.