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Dízimo é o C@#@/%*!

Aproveitando o post anterior do meu camarada Moura, eu vinha há muito tempo querendo postar isso por aqui, mas não encontrava brecha, então, já que o assunto tá em pauta com o nobre pastor malacão chamando blogueiros de filhos do demônio e tals… resolvi deixar minha impressão sobre uma de suas “verdades”: o dízimo!


Mas pra começo de conversa: O que é dízimo? Dez por cento dos seus rendimentos para os cofres da igreja? Tá, mas será que Deus ainda exige algo que estava escrito lááá na lei do Antigo Testamento, no qual foi instituído o dízimo? Isso mesmo depois do sacrifício de Jesus para remir o homem do pecado?
 
Já adianto que não pertenço a nenhuma igreja, mas fico puto da vida quando vejo essas pobres almas sendo enganadas de forma desonesta levando-os a crer nessa forma desvirtuada de “obrigação” feita pelos seus muitos pregadores.


Dízimo é a décima parte de qualquer coisa menos dos seus rendimentos. Sabe porquê? Porque a fração equivalente a 10% dos rendimentos chama-se dízima. Isso, com A no final.
E qual é a diferença?
Bom, não sou expert no assunto, mas vamos tentar ser racionais (isso faz um bem danado, acredite se quiser!). Se a gente voltar no tempo, lá na época em que era a lei de Moisés que tava valendo, o dízimo nunca foi dinheiro ou espécie para os cofres das igrejas. Os dízimos dos quais eram válidos na época, eram dez por cento das colheitas dos grãos, dos frutos das árvores e da procriação de animais que nasciam no campo em um determinado período, que eram direcionados aos levitas (ou descendentes de Levi) que eram sacerdotes e seus auxiliares, servidores dos tabernáculos, ou seja, aqueles que serviam de alguma forma aos lugares de culto. Resumo da ópera: Era o alimento destinado a suprir as necessidades desses servidores que não tinham parte nem herança na terra prometida. 
 
Conforme dito em Deuteronômio 14.24-27: “E quando o lugar que escolher o Senhor teu Deus para fazer habitar o seu nome, for tão longe que não os possa levar, vende-os e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o Senhor teu Deus e compre tudo o que a tua alma desejar, e come ali perante o Senhor teu Deus, e alegre tu e tua casa. Porem, não desamparará ao levita que está dentro das tuas portas e não tem parte e nem herança contigo.”
Presta atenção na parte em que é evidenciado que, se o lugar que Deus escolheu para levar o dízimo, for tão longe que não se possa levar, Ele instrui que o dízimo deve ser vendido e o dinheiro atado a mão do dizimista, (observe que não é na mão de nenhuma outra pessoa). Portando, se o dízimo fosse dinheiro, não seria pedido que se vendesse o que já era espécie.
Muitos pastores afirmam ser os novos levitas, pois se dedicam integralmente a igreja (mas nem sempre, alguns acabam fazendo bico de político, etc). E porque então não fazer uso disso através de mantimentos, então?
Porque com comida não se compra luxo, carros nem mansões, não é verdade? A não ser que você seja dono de um supermercado Pão de Açucar
 
Hoje o dízimo está sendo direcionado para o líder ou dono da igreja, como também a cúpula de organizações religiosas, onde ninguém mais sabe a que fim se destina esse montante. E como diz convenientemente a ex-apresentadora infantil Mara Maravilha, isso já não é problema do fiel. Sei…
Na minha humilde opinião, o dízimo não foi criado para assalariar o dirigente da igreja ou para prover suas despesas pessoais, nem tão pouco para construir templos gigantescos banhados à ouro.
 
E pastor, paga dízimo?
Se paga, deve tirar do bolso direito para o esquerdo, certo?
Ou ele joga o dinheiro pra cima, o que Deus pegar é Dele, mas o que cair no chão… 
 
Um amigo meu, cristão, fez certa vez uma coisa que nunca vou esquecer tamanho sua nobreza e dicernimento do correto, negou pagar o dízimo ao pastor de sua igreja (que chiou um montão), e se ofereceu a trabalhar num desses lugares que servem aquele sopão para carentes e moradores de rua. Ele passou um bom tempo lá descascando batatas e trabalhando para o bem comum. Isso é ajudar quem precisa. Isso é saber aonde estão direcionadas suas intenções. Isso é o que verdadeiramente se pede quando se fala em dízimo.
 
E pra terminar, um pouco de opinião polêmica (mamilos!) pra esquentar um pouco os ânimos daqueles que insistem em não serem racionais e deixam serem levados por aquele papinho 171!

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