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Games Rock N´ Roll – parte #3

Fala batedores de cabeça!
Como deu pra perceber, semana passada não consegui postar antes do podcast #55 mais um dos posts sobre jogos baseados em rock n´roll. Mas, como sou brasileiro e não desisto nunca, essa semana tem a última parte do Arcade Noé dentro do especial sobre rock aqui no Uarévaa!
E ainda… mais dicas de jogos rock n´ roll que foram fracassos de vendas e um deles você vai saber bem o porquê!
Peguem seus joysticks e preparem-se para o game over!


Quem teve uma boa infância baseada em muito rock n´ roll, quadrinhos e games para PC como eu, vai se lembrar com certeza desse jogo do qual falarei hoje.
Trata-se de Full Throttle, um jogo de aventura e ação desenvolvido pela LucasArts lançado em 1995. Esse foi o décimo jogo a ser produzido utilizando a tecnologia SCUMM (Script Creation Utility for Maniac Mansion), que era uma linguagem de programação desenvolvida pela produtora de games de George Lucas, para facilitar o desenvolvimento gráfico do jogo Maniac Mansion. Ele permitia que designers criassem locais, itens e seqüências de diálogo sem ser necessário escrever o código na linguagem em que o código-fonte do jogo acaba (entendeu?). Isso permite que arquivos do jogo e seus dados serem reutilizados em diferentes plataformas. Bom, mais isso é só uma curiosidade nerd-geek, o importante é o jogo!

Criado também pelo brilhante Tim Schafer, logo após dele ter feito The Secret of Monkey Island e Day of the Tentacle, esse foi seu primeiro teste na empresa de George Lucas, que lhe deu total liberdade para criar um jogo. O resultado? Um dos melhores e mais aclamados jogos de 90!!!

A história, cheia de intriga, romance e conspirações, se passa num ambiente inóspito e desértico, que retrata uma espécie de futuro apocalíptico e é focada em Ben, o líder da gangue de motoqueiros chamada The Polecats. Tudo começa quando Ben e seus amigos estão descendo pela Rodovia 9 e cruzam com uma gigantesca limusine branca. Como toda boa gangue de motoqueiros que se preze, eles arranjam confusão logo de início, quando Ben passa com sua moto por cima da limo, destruindo o pequeno ornamento que fica na frente do capô.
Logo após isso, ele para num bar para relaxar e encontra Malcolm Corley, fundador da Corley Motors a última fábrica de motos customizadas do país. Era justamente Corley que estava na limosine, porém o velhinho não discute com Ben e sim lhe bota a par de sua paixão por motos, seu passado e suas aventuras como motoqueiro. É aí que entra o vice-presidente da companhia, Adrian Ripburger, que lhe oferece a oportunidade dele e de sua gangue trabalharem como guarda-costas de Malcom, devido a sua idade e todos os seus problemas de saúde.

Ben recusa a proposta, porém os capangas de Adrian armam uma cilada para ele, fazendo com que sua gangue, não sabendo de nada sobre essa armação, nem de sua decisão, aceite o trabalho.
Então, depois de acordar, Ben tem que atravessar o deserto para descobrir o que está acontecendo. Nesse ínterim, ele conhece uma personagem que tem um papel importante na trama: Maureen, uma excelente mecânica, que o ajuda a arrumar sua moto que fica detonada depois de um acidente planejado pelos capangas de Ripburger. Ben corre contra o tempo para alcançar sua gangue e descobrir os verdadeiros planos de seu antagonista.

Durante as missões que Ben deve resolver, quando ele se desloca de um lugar ao outro pela estrada, ele ainda tem que enfrentar as gangues rivais, os rápidos e loucos Vultures, os brutais Rottwheelers e os enigmáticos e excêntricos Cavefish, que são motoqueiros cegos que vivem em cavernas e utilizam uns óculos especiais para ler as marcações na estrada. Essa é uma das melhores partes do game, você tem que bater com que tiver a mão nos inimigos, isso enquanto você dirige a moto!

Full Throttle é um dos poucos jogos da LucasArts a não ter uma trilha-sonora exclusiva. Algumas faixas do álbum Bone to Pick, da banda californiana The Gone Jackals, foram usadas no jogo. A canção de abertura é uma versão editada de “Legacy”, segunda faixa do álbum.
O jogo, lançado na época em CD-ROM (tenho até hoje!), contou com certos atrativos como o fato de ter gráficos que lembram muito desenhos animados e as vozes de Mark Hammil (o Luke Skywalker) dublando Ripburger e Todd Newlan e Roy Conrad (Ace Merrick do jogo Star Wars: Rebel Assault II: The Hidden Empire) na voz de Ben Throttle.

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O protagonista ainda encontra personagens interessantes como Father Torque, o ex-líder dos PoleCats que funciona como uma espécie de conselheiro para Ben, Emmet, o caminhoneiro que odeia motoqueiros e policiais e Miranda Rose Wood, a repórter que salva Ben no começo do jogo. Lembro que uma das missões mais legais do jogo era entrar na surdina no Ferro Velho de Todd Newlan, um gordão escroto que morava num trailer e tinha como melhor amigo um lazarento de um cachorro Rottweiller que era quase impossível de passar.
Full Throttle é o tipo do jogo que você acaba esperando por uma continuação, sem dúvida… Muito disso é devido a curta duração e a linearidade do game, fazendo com que os jogadores queiram explorar mais situações dentro do game. Eu ainda tenho esperança de que algum dia a franquia ressurja! E esse problema pode ser facilmente resolvido já que Schafer aprendeu a fazer grandes cenários com Brütal Legend!

Curiosidades: O jogo Full Throttle apresenta algumas curiosidades e referências “escondidas” no decorrer da história. Algumas são bem fáceis de achar, basta prestar um pouco de atenção no cenário ao redor do personagem principal.
  • No bar Kickstand, Ben tenta negociar com Emmet uma carona enquanto ele brinca com uma faca, acertando os vãos entre seus dedos. Se você insistir, ele acaba entregando a faca e deixando você brincar também.
  • Emmet tem o símbolo do Império de Star Wars tatuado em seu braço direito, e um dos Rottwheelers tem o símbolo dos rebeldes de Star Wars tatuado em sua fronte.
  • Na sala de fotos, uma das figuras em um projetor é um tentáculo, de Day of the Tentacle.
  • A gangue de motociclistas Cavefish é nitidamente uma cópia das características físicas e comportamentais da raça “Povo da Areia” ou Tusken Raiders do planeta Tatooine de Star Wars.
  • Ben o líder dos Polecats e protagonista do jogo é creditado no manual do jogo como “Ben Whatsisname”, e esse sobrenome não aparece mais em nenhum momento do jogo. A verdade é que seu sobrenome é Throttle, porém os idealizadores não citavam isso, pois temiam serem processados pelos produtores do desenho animado Biker Mice from Mars estrelada por um rato motoqueiro de mesmo nome.
Mas aí você se pergunta, pequeno padawan, se o jogo era assim tão bom porque nunca teve uma sequência? E eu lhes digo: Boa pergunta!
Porque por duas vezes a LucasArts tentou lançar uma sequência do jogo. A primeira, intitulada Full Throttle II: Payback, começou e deixou de ser desenvolvida em 2000. Em 2003, eles retomaram o projeto, utilizando gráficos mais modernos e totalmente ambientado em 3D, só que agora o nome do jogo seria Full Throttle: Hell on Wheels. O projeto foi muito além do papel e até um vídeo chegou a ser lançado além de uma versão demo mostrada no E3 daquele ano, mas logo depois o jogo foi também cancelado.
Saca só um trailer do game:
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Merecia ou não uma continuação?
#Fica a Dica: Houve um jogo chamado UmJammer Lammy, para PlayStation que era uma verdadeira maravilha! Ele foi lançado em 99 e era bom que nem tivesse existido! Quer saber por quê?
Dá uma olhada nesse vídeo!

Outros games que forma lançados na rabeta do sucesso de bandas de rock foram Kiss: Psycho Circus – The Nightmare Child, (lançado em 99 para PC e Dreamcast) um jogo de ação e tiro 3D e Ed Hunter, (PC) que talvez nem os fãs de Iron Maiden conheçam, pois o bichinho era ruim de doer! O game, que foi lançado num CD junto do álbum de mesmo nome da banda, consistia em salvar o mascote Eddie de uma prisão enquanto o jogador passava por alguns lugares que ficaram famosos em músicas tocadas pela banda, como nas fases London’s East EndThe Pits of Hell (The Number of the Beast) e The Pharaoh’s Tomb que foi inspirada no CD Powerslave.

Pra terminar… Tentem jogar esse game japonês e passar da terceira fase. Bizarro!
Rókenroll!

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