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Review de Jonah Hex + Uma década de DC nos cinemas

UARÉVIEW
Por Monitor


Leitores de quadrinhos não entendem (ou fingem que não entendem) o processo que é adaptar uma revista para outra midia. E Hollywood não entende que, por sabermos todo o potêncial daquela historia ou personagem, nossa revolta em relação a certos filmes e as cagadas cometidas pela industria. Muitas vezes por sabermos o potêncial que eles podem alcançar bate uma tristeza quando vem Los Produtores e fazem merda, obviamente ficamos putos, em especial num filme onde novas cenas eram desnecessarias porque o roteiro (e filme) original era bom. Já demostrei um caso quando a Warner abandona uma boa adaptação, agora mostro como a Warner cagou um filme que já era bom em um resultado completamente sem sal.

Vamos começar pela historia do filme. Jonah Hex (Josh Brolin) era um importante coronel dentro da Guerra Civil Americana, que descobriu que Jeb Turnbull(participação especial de Jefrey Dean Morgan, no terceiro personagem que ele atua da DC Comics) junto com outras pessoas estavam traindo o exercito, gerando assim a morte de Jeb pelas mãos de Hex, seu melhor amigo. Como vingança, Quentin Turnbull (Jonh Malkovich) com a ajuda do capanga Burke(Michael Fassbender,o futuro jovem Magneto) mata a mulher e filho de Hex, e ainda por cima marca a ferro quente o rosto do cara, deixando-o para morrer sozinho.

Numa sequência em motion comic (numa arte que lembra muito Brian Azzarelo) mostram os indios apaches chegando ao resgate (já que a esposa de Hex também era india), e fazendo as magias quelhe permitiam sobreviver e a partir disso poder ter a habilidade de se comunicar com os mortos (#facepalming) e assim consegue encontrar Quentin e mata-lo queimando-o vivo em sua casa. A partir desse dia Hex vira um caçador de recompensas e tem como unica companhia Lilah (Megan Fox), prostituta que sabe se impor diante dos seus clientes e que é apaixonada pelo pistoleiro. Os problemas começam quando descobre-se que Quentin está vivo e organizando um ataque terrorista contra os Estados Unidos.O governo não tem como outra opção a não ser contratar Jonah para achar o seu maior inimigo antes que seja tarde demais.

Bem, onde podemos começar? Vou primeiro citar o elenco, já que apesar do resultado final não ajudar, o elenco segura bem a barra. Josh Brolin é o que se sai melhor na tela. Megan Fox, por incrivel que parece, se saiu bem nesse filme, com uma atuação bem natural, mostrando que ela está tentando melhorar como atriz apesar das infinitas besteiras que fala fora da tela. Fassbender, com trejeitos a moda Laranja Mecânica se sai bem, apesar de fazer nada espetacular, assim como Malkovich. As participações de Jefrey Dean Morgan e Tom Wopat (da serie Dukes of Hazard)como Slocom são interessantes de assistir.

Em termos de fidelidade a HQ, podemos dizer que é um caso parecido com The Spirit, onde os elementos estão lá, mas foram mal trabalhados. Em especial sobre o fato de Hex poder falar com os mortos, isso descaracteriza bastante o material e se torna “a saida facil” para movimentar a historia. No roteiro original(e no filme outrora gravado) o de Hex ou não falar com os mortos era meio como um rumor, mantendo o misterio sobre a lenda urbana ao redor do personagem.Oelemento do estranho, do sobrenatural, esttá presente, mas sem muito destaque por causa das decisões finais, especialmente em relação a edição. Mas um easter egg bacana que o atual escritor do personagem Jimmy Palmiotti já tinha dito antes que Lilah na verdade era uma personagem já existente nos quadrinhos, e no caso ela é Tallulah Black!

As cenas novas feitas por Francis Laurence (Constantine) mudaram inumeras coisas no filme,o tornando mais curto.Entre a muitas cenas que ficaram de fora estão a sequência completa de Red Sand (que originalmente era a luta final do filme e que nessa versão ficou reduzida ao subconciente de Hex), a cena de sexo entre Jonah e Lilah, The Creepy Dead Kid, entre outras que no total devem chegar a duração de 10 a 20 minutos, e que devem melhorar, nem que seja só um pouco (talvez quem sabe, afinal eu não as vi, ainda) a qualidade do filme.

Uma das boas coisas do filme e que também foi afetado pelo “corta,recorta,remonta” foi a puta trilha sonora do filme feita pelo Mastodon.Como trocou de compositor no meio da produção, o trabalho de hora que a banda teve originalmente foi reduzido quase que abaixo da metade da duração original. Mas vale a pena correr atrás e ouvir, é um som de altissima qualidade!

No fim das contas, Jonah Hex fiou um filme onde os produtores, investindo em algo atté então incerto, não sabiam o que fazer e cagaram no pau.Com o faroeste voltando graças ao genero que chamo de “western misto”, que são filmes de genêros variados que usa o western, ou a estrutura do mesmo, para criar algo novo.Foi assim com O Livro de Eli, vai ser assim com Priest, com Cowboys and Aliens, com o futuro Lone Ranger. J-Hex poderia ter sido o filme que daria o BOOM do genêro se, como disse Josh Brolin em entrevista, tivessem seguido desde o começo a visão original do filme. Mas uma oportunidade foi perdida e o resultado foi um filme distante de sua proposta original,um western pouco inspirado na maioria de suas cenas e sem sal.Para correr atrás do prejuizo nem uma versão do diretor/extendida foi planejada para o Blu-Ray, não atendendo assim ao pedidos dos fãs e deixando no misterio o destino do personagem nos cinemas. Mas o que importa é mesmo os quadrinhos, e atualemente por lá Hex está muito bem obrigado.

NOTA: 4,0

EPILOGO: Uma década de DC nos cinemas.

Jonah Hex e The Losers representam o fim meio que tortuoso de uma boa epoca para a editora.Se os filmes foram bons o suficiênte, ou fiéis o suficiente, varia de cada pessoa.Se na decada de 90 veio a decadência deido a Batman & Robin, e de certo modo o inicio da era Marvel nos cinemas (com Blade) foi graças a propria dona da DC (no caso a Warner/ New Line Cinema), na primeira metade desta decada tivemos a presença timida da editora com Estarada para a perdição (representando a DC/Vertigo), o horrivel Liga Extraordinaria (de Allan Moore pra Wildstorm),Mulher Gato(sem comentários) e alguns filmes direto para dvd, derivados das series animadas presentes no momento (com Batman do Futuro: O Retorno do Coringa, por exemplo).

Mas em 2005 que as mudanças vieram de fato, com a adaptação de Constantine (falarei sobre ela melhor depois no meu blog) e especialment com Batman Begins, que trouxe Chritopher Nolan como salvador da patria e elevou Batman de adaptação cinematografica a um filme de verdade.Na telona tivemos retorno não só do Batman mas como Superman, invasão da Vertigo (coom Losers, Marcas da Violência, Stardust), casos interessantes (como Fonte da Vida, de Darren Aforonsky),criação de “classicos” entre o grande publico (V de Vingança como filme ainda é bem popular,mesmo que as vezes as pessoas não entendam ao todo sua mensagem), polêmicas (sim Watchmen, estou falando de você) e na area de dvds, a criação da linha DC Universe, trazendo filmes surpreendentemente maduros e de alta qualidade, abrindo todo um leque de possibilidades da editora trabalhar.

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A proxima decada os filmes sobre os personagens da editora devem estar em destaque nos cinemas, com a criação do braço multimidia da DC, a DC Entertainment. Esse ano veremos um pouco da influência da editora em RED, mas os destinos de muitos outros personagens serão mesmo definidos quando Lanterna Verde chegar ano que vem ao cinemas.A tendência é que filmes de quadrinhos se estabeleçam de vez como genero a ser respeitado em Roliudi, e aos trancos e barrancos, as editoras conseguem ganhar seu espaço. Como fãs, esperamos que os muitos erros cometidos esse ano até então sirvam de lição para que no futuro todo o potêncial que esses personagens tem sejam mostrados e absorvidos pelo publico.

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