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GHOST IN THE PROXY
Por Marcelo “Starman”


Dia desses parei em frente a tela cegante do meu PC para assistir um clássico do anime mundial que até antes não tinha posto os olhos: Ghost in the Shell. Claro que já sabia de tudo que haviam dito como “é fantástico”, “uma das obras primas do cyberpunk”, “inspirou Matrix”, mas apesar de tudo isso ainda não tinha me instigado a “vê-lo on-line” até começar a assistir outro anime – esse mais recente – chamado Ergo Proxy.

De acordo com o Animehaus (sim, estou com preguiça de fazer resumos hoje):

“Ergo Proxy é um anime de altíssimo nível, com uma temática ambiciosa e complexa apresentada de forma adulta sem ser exageradamente cerebral. Mas não se poderia esperar algo diferente de uma equipe classe A como esta, a começar pelo diretor Shukou Murase, famoso pelos excelentes desenhos de personagens em obras como Gundam Wing e Gasaraki, mas que mostrou ser também um diretor de mão cheia em sua obra de estréia nesta função, Witch Hunter Robin. Por sinal, Ergo Proxy possui o mesmo estilo sombrio e angular de WHR, e é provável que outras obras futuramente dirigidas por Murase sigam a mesma linha, o que seria algo muito bem-vindo. Com outros feras como o compositor Yoshihiko Ike (KARAS, Dead Leaves), o desenhista de personagens Naoyuki Onda (Ai no Kusabi, Gantz) e o diretor de arte Takashi Aoi (Najica), pelo menos na parte técnica o sucesso estaria garantido. Mas técnica não é tudo sem o auxílio de uma grande história, e aqui merece destaque o fantástico trabalho de Dai Sato (Samurai Champloo, Wolf’s Rain) e sua equipe, que criaram um roteiro complexo e cativante, no qual referências filosóficas e psicológicas são utilizadas a todo momento sem que a narrativa perca o ritmo ou se torne maçante.”

A história trata de um futuro onde tudo é organizado e controlável, os seres humanos são acompanhados por autoraves, andróides programados para se adequarem à mentalidade e necessidade de seu mestre. O surgimento de um vírus de computador chamado Cogito [penso] causa uma tremenda comoção na cidade, fazendo com que os autoraves por ele infectados despertem, ganhem consciência e não dependam mais de controle humano. Cidadãos começam a ser assassinados pelas máquinas, e a Inspetora Real Mayer fica encarregada da investigação destes casos.


Não é só pelas semelhanças detetivescas que GITS e EP se assemelham, nas duas obras existem mais coisas acontecendo do que se aparenta, a total dependência e interligação de máquinas e humanos e muitas questões filosóficas: “A necessidade de se ter uma “raison d’être”, ou razão de ser, e de ser reconhecido por outras pessoas para que sua existência seja legitimada. O que seriam as memórias e lembranças? O despertar da consciência? E toda a questão do “penso, logo existo” que, aqui, toma um rumo semelhante ao utilizado em Ghost in the Shell: até que ponto a consciência das máquinas deve ser considerada como algo à parte, quando comparadas aos humanos, especialmente numa sociedade em que ambos são praticamente produzidos da mesma forma, em série? A questão da clonagem é tratada com muita propriedade nesta série que, apesar de alguns momentos ‘monstro do dia’, mantém o tom sério e a temática complexa inalterados quase ao longo de toda a narrativa.”.

Claro que muita coisa entre o “Fantasma do Futuro” (nome estranho de Ghost in the Shell no Brasil) e o “Proxy” são bem diferentes: Cenários, movimento de câmeras, desenrolar do enredo, mas os dois tratam de um tema que me atrai muito: Ficção Científica. Ainda estou no 13º capitulo de Ergo Proxy (de um total de 26), quando encerrar a obra retomo a esse debate, mas fica aqui sugestão das duas animações para quem curte ação e andróides. Sobre Ghost in the Shell? Outra hora faço um apanhado geral desse crássico espetacular. Ah, para quem quiser ver Ergo Proxy, só ir no Japão fácil fácil .

PS: Atentem também para a bela trilha sonora com Paranoid Android do Radiohead como música de encerramento dos episódios de Ergo Proxy.

Trailer:


Encerramento:




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