Irmão Olho

E aí povo, páscoa chegando ao fim, muita gente se encheu de chocolate não é, e deu trabalho as faxineiras de banheiros por aí, sem contar a ressaca do vinho e farras. Pois bem, por isso hoje irei falar sobre um símbolo típico da páscoa, um símbolo de força, rapidez e esperteza: o coelho. Você deve estar se perguntando: “má o que porra de coelho tem a ver com DC Comics?”, pois então, confira comigo no replay.

Por mais incrível que pareça, a Distinta Concorrência tem até um formidável repertório de personagens coelhíneos (essa palavra existe?) em sua história. Desde protagonistas, até coadjuvantes e aparições relâmpagos, rápidas como coelho (sacaram… coelho… rápidas… ah! vocês não sabem de nada). Um bom exemplo, foi o encontro do maior super-herói de todos os tempos – não, não é o Wolverine – com o coelho mais conhecido dos desenhos: Superman e Pernalonga. Os dois estiveram juntos na edição de estréia de uma minissérie em quatro partes, lançada em 2000, na qual os principais personagens da Looney Tunes encontram os integrantes da Liga da Justiça. A história foi escrita por Mark Evanier, roteirista das aventuras do Groo, e tinha como vilão Mxyzptlk, como o causador da brincadeira que misturou os personagens.

No currículo do Homem de Aço, ainda há outras parcerias com coelhos. A primeira aconteceu na década de 1940, quando o Capitão Marvel ainda pertencia à Fawcett Comics. Na cidade do mortal mais poderoso da Terra, o Superman encontrou Hoppy, o atrapalhado Coelho Marvel. Porém, o mais estranho encontro com um comedor de cenouras, entretanto, aconteceu em uma HQ promocional lançada pela Nestlé em 1987, na qual o Coelho Quik (aquele dos achocolatados) se une ao herói para enfrentar um supervilão e mostrar às crianças o quanto os produtos com a sua chancela são energéticos e nutritivos, afinal, se o Popeye comia espinafre e ficava superforte, por que não tomar Quik? Mas, a DC tinha também um super-herói exclusivo dos Oryctolagus cuniculus: O Capitão Cenoura.

Capitão Cenoura, que na identidade secreta se chamava Conrado Coelho, teve sua primeira em The New Teen Titans #16 (1982), sob a criação de Roy Thomas e Scott Shaw. Ele era herói de uma das Terras paralelas da DC pré-Crise nas Infinitas Terras, a Terra-C, e teve uma série de 20 edições chamada: Captain Carrot and His Amazing Zoo Crew. As aventuras da versão Superman daquela terra foi uma intenção de chamar a atenção do público infantil para os quadrinhos. Tanto, que na primeira edição da revista ele se encontrou com o último filho de Krypton, uma artimanha de atrair público. O Capitão retornou na minissérie Captain Carrot and the Final Ark (2007), nela, após a criação do novo Multiverso DC (criado em Crise Infinita), os personagens passaram a residir na Terra-26.


O final da série mostra a sua Terra inabitável e o Capitão em um navio carregado de refugiados que são transportados para fora do planeta e, então, são acidentalmente enviados para Nova Terra. A Liga da Justiça encontra o navio, apesar de todos os passageiros, incluindo o Capitão e sua tripulação, estarem transformados em animais não-antropomórficos, ou seja, sem características humanas. A heroína Zatanna, desconhecendo a verdadeira natureza dos animais, adota Conrado Coelho como um animal de estimação para sua mágica agir. No entanto, na climática batalha em Final Crisis 7, Capitão Cenoura participa após a sua humanidade e os poderes serem restaurados pelo renegado Monitor Nix Uotan.

Pois é, como tem puladores comedores de cenoura à solta pelo Universo DC não é? Para se ver como no mercado dos quadrinhos não se deixa passar nada, esperem para ver quando for no especial sobre natal! Até a próxima.

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