Meu partido é um coração partido
Por Jack Starman
A revolução das guitarras e baterias pulsou forte na mente dos jovens daquela época, se juntando ao movimento de redemocratização que o país passava, e os novos ares pós uma ditadura de 20 anos. Esse novo momento político pode ser visto refletido em muitas músicas dos grupos de rock que explodiam a tordo e direito. Muitas foram às bandas que ecoaram seus gritos de liberdade de expressão contra o regime político que estava por cair, as censuras existentes e as instituições que por anos auxiliaram na existência dos militares no poder.
Os sete Titãs bradavam “policia para quem precisa de policia”, Paulo Ricardo e o RPM tentavam “tomar” o radio pirata de volta, o Ultrage a Rigor vinha com seu “Nós somos Inútil”, A Plebe Rude perguntava “até quando vamos esperar a plebe se ajoelhar?” e assim a voz do jovem era ouvida em rádios, festivais e rodas de violão país afora. Um desses grandes nomes e que sabia falar sobre política e costumes da sociedade muito bem era Cazuza, o cantor que surgiu para o estrelato com a banda Barão Vermelho e depois seguiu em carreira solo, cantava bem a realidade brasileira do momento.
Uma de suas músicas mais fortes foi Ideologia, onde questionava o futuro que se mostrava no momento após tantas decepções, mortes e falsas promessas. Na sua letra ele trazia a desesperança com os partidos políticos, movimentos revolucionários, e outros setores da sociedade brasileira:
Cazuza morreu há 18 anos atrás, bem no fim de uma fase auréa do rock nacional, e , na opinião deste que voz escreve, com ele uma parte desse espirito rockeiro também se foi.