O filme da Arlequina (Harley Quinn para os gringos) foi confirmado, com Margot Robbie assumindo não só o protagonismo, como também o papel de produtora executiva.
Mas a palhacinha do crime não será a única atração do filme, segundo as notícias. Há rumores da participação de várias outras figuras conhecidas do Universo DC, entre heroínas e vilãs, no longa metragem spinoff de Esquadrão Suicida.
Vou listar aqui então 10 personagens que poderiam dar as caras na produção:
10 – Caçadora
A Caçadora nos quadrinhos tem três origens diferentes. A clássica, da era de ouro, é Paula Brooks e estreou na Sensation Comics 68, de 1947. Usando uma roupa de tigre bastante discutível, ela era uma criminosa, inimiga do Pantera. A segunda, da era de Bronze, foi Helena Wayne, filha do Batman e da Mulher Gato da Terra 2. Após a Crise nas Infinitas Terras, ela se tornou Helena Bertinelli, e é essa que deveria aparecer no DCEU.
Filha de um dos chefões da máfia de Gotham que busca por vingança depois que sua família foi assassinada, se tornando uma vigilante mascarada. O próprio Batman a considerava imprevisível e violenta demais, e demorou até ser aceita como membro efetivo da comunidade heróica da DC Comics, e se tornar eventualmente um membro da Liga da Justiça.
Caçadora na série Arrow
Para o filme, esse background da máfia poderia colocá-la na caça do Coringa e outros mafiosos da cidade, e, por consequencia, em rota de colisão com a Arlequina. Sua atitude mais badass do que a maior parte da batfamília também combinaria bastante com o clima de um filme da Harley.
9 – Lince (Cheshire)
Jade Nguyen é a identidade dessa mercenária da DC Comics. Criada em 1983 para a revista dos Titãs, ela é conhecida como uma das assassinas mais perigosas da editora. Ela se utiliza de unhas imbuídas com diversos venenos como arma.
A personagem já participou do sexteto secreto, ao lado de outros supervilões, e também foi membro da Liga dos Assassinos.
A Lince no desenho animado Young Justice
Partindo do princípio que a Harley fugiu da prisão no final de Esquadrão Suicida com a ajuda do Coringa, não seria de duvidas que Amanda Waller mandasse uma equipe de sua confiança para recapturá-la. E, já que o Pistoleiro do Will Smith deixou claro que não mataria sua parceira de equipe (afinal eles agora são uma família muito unida e também muito ouriçada), seria bastante razoável que Waller contratasse uma mercenária perigosa para capturar ou matar a Arlequina.
8 – Renee Montoya, a Questão
Com a construção do universo cinematográfico da DC surgiu também um novo comissário Gordon, vivido pelo ator J.K. Simmons. Nada mais justo então que outros policiais de Gotham City também ganhem suas versões nesse universo, como Harvey Bullock, e, claro, Renee Montoya.
Assim como a própria Arlequina, Renee Montoya foi criada para a série animada do Batman, em 1992, e tal qual a vilã, ninguém poderia prever até onde a personagem chegaria. Depois de anos sendo policial do departamento de polícia de Gotham, ela acabou assumindo o manto do Questão durante a minissérie 52, de 2007. Lésbica, alcoólatra, a personagem tem um grande background a ser trabalhado.
Montoya em sua primeira versão, em Batman Animated Series
E é essa profundidade que seria legal ver retratada em live action, no filme da Arlequina. Montoya até apareceu na série Gotham, mas pouco dela foi trabalhado. Colocá-la como uma policial que está no encalço da Arlequina e esconde o fato de também ser a vigilante sem rosto Questão daria uma dinâmica interessante de gato e rato entre a heroína e a vilã.
7 – Lady Shiva
Se a Lince é uma das personagens mais mortais da DC, a Lady Shiva assume o posto de talvez A PESSOA MAIS letal entre tantos assassinos no universo DC. Ela treinou o Batman, Canário Negro, Robin e mais uma renca de lutadores que acabaram por se tornar heróis. Além, claro, de treinar a própria filha, Cassandra Cain, que chegou a assumir o manto de Batgirl e a única da Batfamília que dava uma coça fácil em Bruce Wayne.
Shiva apareceu pela primeira vez nos quadrinhos em 1975, na revista Richard Dragon, Kung Fu Fighter. Na sua origem mais conhecida, ela nasceu em um país desconhecido, e foi treinada para ser a protetora de seu vilarejo. Ela acabou se mudando para os Estados Unidos, fugindo da perseguição da Liga dos Assassinos, ao lado da irmã que acaba sendo assassinada. Como de costume, lá vai ela assumir o manto de Lady Shiva e buscar vingança, até acabar se tornando uma assassina de aluguel.
Colocar uma personagem assim para enfrentar a Arlequina talvez fosse covardia. Mas e se for o contrário? Shiva poderia vir a se tornar uma mentora para a palhacinha no decorrer da trama, se aliando a ela para enfrentar um inimigo maior ou ensiná-la a se tornar ainda mais badass.
6 – Katana
Katana esteve presente em Esquadrão Suicida, mas graças às mudanças no filme que acabaram dando um destaque maior ao Pistoleiro e à própria Harley, a personagem acabou ficando bastante subutilizada. Cenas fodas do trailer – como os olhos da samurai mudando de cor e as almas surgindo em torno da espada – foram sumariamente cortadas.
A única cena mais importante da Katana que foi mantida no filme, em que ela conversa com a alma do marido presa à espada, acabou perdendo toda a força emocional devido ao contexto em que foi inserida. Além de curtíssima, o que já elimina muito do impacto, ela ainda termina com um diálogo bobo entre o Bumerangue e Rick Flagg, culminando em uma piadinha da Arlequina.
Nos quadrinhos, Tatsu Yamashiro é uma personagem trágica e complexa, que poderia muito bem ser trabalhada em um longa em que tivesse uma importância maior do que simplesmente ser a guarda costas do Flagg. Em um filme solo da Arlequina não seria absurdo unir as duas. Mesmo Katana não sendo uma vilã como os demais membros do Esquadrão, ela virou parte da tal família que o filme tenta nos empurrar. Uma dupla tão diferente pode usar a mesma dinâmica das clássicas duplas disfuncionais que vêm desde Máquina Mortífera e A Hora do Rush.
A Katana foi criada em 1983 para a revista The Brave and The Bold, e já participou de equipes como Os Renegados, Aves de Rapina, Esquadrão Suicida e da Liga da Justiça.
No DCEU ela é interpretada pela atriz Karen Fukuhara. No universo televisivo ela também teve uma versão, no seriado Arrow, interpretada por Rila Fukushima, que foi a sidekick de Wolverine no segundo filme solo do mutante canadense. Na série, o passado da heroína foi bem mais trabalhado do que no filme
5 – Tália
E colocar a Arlequina em uma missão secreta? Apesar de ser colocado que ela fugiu com o Coringa no final de Esquadrão Suicida, seria possível recolocar Harley nas mãos de Amanda Waller e da A.R.G.U.S. e mandá-la para cumprir tarefas para a agência. E uma das missões poderia envolver a Liga dos Assassinos, o que poderia colocar a vilãzinha frente e frente com Talia al Ghul, filha do clássico vilão do Batman, Ra’s al Ghul.
Como Tália flutua muito entre os papéis de vilã e anti-heroína, ela pode dividir com a Arlequina esse papel. Colocar Harley Quinn em um ambiente completamente diferente do que vimos até agora e trabalhando contra sociedades secretas pode render algo muito legal.
#Morri
Além de permitir apresentar a Tália de uma forma decente no cinema.
4 – Batgirl
Barbara Gordon e Dick Grayson são bastante infelizes nas versões live action do Homem Morcego. Os dois principais aliados de Bruce Wayne ganharam apenas duas versões em carne e osso que valham a menção. Ambos estiveram na sensacional série protagonizada por Adam West de 66, e no deplorável filme de Joel Schumacher, interpretados por Alicia Silverstone e Chris O’Donnel.
Morceguinha de Beverly Hills…
Já passou da hora da garota morcego ganhar uma versão decente nos cinemas. Todo mundo apostou que Jena Malone seria Barbara em Batman V Superman, apenas para se decepcionar com a atriz sendo cortada da versão final do filme e ainda mais ao descobrir que ela era uma cientista aleatória. Se a possibilidade de Jena ser a Batgirl atiçou tanto os fãs, é sinal que a personagem tem grande aceitação – e diria mais, tem expectativa.
E o prêmio de desperdício de atores vai para… WARNER \ DC
O Universo DC nos cinemas ainda está engatinhando e muito pouco desenhado, logo, não sabemos se a Batgirl já existe nesse universo. Aliás, só sabemos que houve um Robin, e que ele provavelmente foi Jason Todd. Nada mais sobre o Batman ou a Batfamília foi apresentado (e conhecendo a Warner, provavelmente nem pensado).
Logo, duas possibilidades se apresentam. Barbara pode já ser a Batgirl e ir pra cima da Arlequina para capturá-la, ou assumir o manto inspirada pelo Batman à fim de impedir algum ato da Harley. Um sequestro do comissário, o pai da Babs? Talvez. Mas manter o símbolo do morcego garantiria o selo cuequinha verde no filme.
3 – Mulher Gato
Até ontem, quando Arlequina ainda não era esse monstro de popularidade, a Mulher Gato era a personagem mais famosa do universo do morcego. Praticamente toda versão do Batman em live action tinha sua Mulher Gato. Isso se não contarmos que a série de 66 teve três e ela ainda ganhou aquele filme bizarro com Hale Berry e Sharon Stone. Porém ainda não vimos a versão da personagem para o Bruce Wayne de Ben Afleck.
E preciso dizer qual a versão melhor de todas, todas, todas?
Por que não unir as duas principais mulheres de Gotham City para se porrarem em um filme? O Coringa (que também sempre esteve em todas as adaptações do Batman) estreou em um filme do Esquadrão Suicida. Poderiam então seguir a tendência e apresentar Selina Kyle em um filme que não é do Batman.
Uma vilã que aos poucos acabou se tornando uma anti-heroína (ou heroína, em muitos casos), a Mulher Gato vive de ir atrás de seus interesses pessoais. Ela raramente está do lado de alguém, que não seja o seu. Uma rivalidade entre as duas, buscando algo em comum, estando ambas do lado errado da lei, poderia render uma ótima trama.
Uma aliança entre as duas, idem.
Mulher Gato e Arlquina na melhor versão do Universo DC ever.
Imagina um filme de assalto estrelando Arlequina e Mulher Gato?
2 – Oráculo
Bárbara Gordon novamente, mas com outro status. Como já falamos, ainda não se sabe qual a situação da filha do Comissário nesse DCEU. Pois bem. Se o Jason Todd está morto, e, portanto, Morte em Família já ocorreu nesse universo, nada impede que A Piada Mortal também seja algo ocorrido na cronologia. Eu nunca perdoarei Zack Snyder por manter isso fora da tela, pois matou todo o clímax, mas vamos aceitar que dói menos.
Então, e se Arlequina e Coringa, além de dar cabo do Robin, também colocaram a ex-Batgirl em uma cadeira de rodas? Essa ligação poderia render uma boa história.
Oráculo felomenal na série medíocre Birds of Prey – ou MUUUULHER GATO, no SBT
A heroína tombada poderia, como nos quadrinhos, ter assumido a identidade de Oráculo e passado a ajudar a polícia ou os heróis com informações e táticas. Então ela poderia manipular, ou chantagear, a Harley para fazer o que ela quisesse e acatar suas ordens. Uma boa dose de mistério, com a palhacinha não sabendo quem está por trás da voz que lhe passa os comandos, inverteria a lógica dos filmes de herói.
A heroína se torna o algoz, a vilã se torna a vítima.
1 – Hera Venenosa
Claro que o primeiro lugar só poderia ficar para Pâmela Isley, a Hera Venenosa.
A ex-botânica e atual eco-terrorista possivelmente já existe no DCEU, visto que boa parte dos vilões do Batman estão (como o Coringa, o Crocodilo, o Pistoleiro e a própria Harley Quinn). E se finalmente Harley e Hera se encontrassem na prisão ou no Arkham?
Nos quadrinhos e no desenho de Bruce Timm, essa parceria é clássica. As duas se tornaram parceiras de crime, melhores amigas, confidentes, e por fim, nas HQs, namoradas.
Um dos maiores problemas do Esquadrão Suicida, como já citado, foi o floreamento e a romantização do relacionamento Coringa / Arlequina. As cenas mais claras de abuso foram limadas do filme, mas ainda está lá implícito a forma violenta e abusiva que o palhaço do crime trata sua namorada e parceira. Claro, ele é o Coringa, porra. Um verme, um psicopata, um ser do mais baixo caráter. Mas em nome do romance, tentaram nos forças a acreditar no amorzinho entre os dois. Erraram feio.
E é aí que entra a Hera Venenosa.
A vilã evolui tanto durante o tempo que saiu de uma vilã sedutora e sexualizada para um símbolo do feminismo, se tornando uma das mulheres mais fortes e independentes do universo DC. E foi essa força que levou a uma mudança drástica na vida da Harley.
A parceria entre as duas fez com que Hera começasse a tentar provar para a Arlequina que o Coringa era uma péssima pessoa para ela, mesmo que Harley se recusasse a aceitar isso. Entre idas e vindas na amizade entre as duas vilãs, Harley acaba finalmente tendo seus olhos abertos e percebendo o mal que seu relacionamento com o pudinzinho fazia para si, e o quanto ele não se importava realmente com ela. Aí segura a garota…
Com o passar do tempo (e com a chegada dos Novos 52), a amizade de Harley e Pâmela se tornou um romance explícito. Isso não é um problema, de forma alguma – ou não seria se ele não aparentemente servisse apenas como agrado para adolescente onanista.
No filme, isso pode ser usado de forma bastante positiva. Uma fuga da dupla, uma aproximação e até (se a Warner tiver culhões) um relacionamento entre as duas enquanto enfrentam as ameaças pelo caminho.
Principalmente, isso pode levar a, enfim, uma correção no que foi apresentado em Esquadrão Suicida, libertando Harley do controle do Coringa e fazendo ela ter que se decidir entre o bizarro e violento namoro com o palhaço e o amor verdadeiro com a Hera.
Ouça também o Podcast Uaréva de Esquadrão Suicida!
É isso aê, galera. Essas são minhas sugestões para as participações no filme solo da Arlequina. Gostou? Não gostou? Tem outras sugestões?
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