Quando a DC anunciou um projeto utilizando os personagens dos velhos desenhos da Hanna Barbera, fiquei com um pé atrás, duvidando que pudesse sair algo bom disso. Depois, quando saíram os primeiros designs da Corrida Maluca e do Scooby Doo, fiquei com os dois pés atrás e tive certeza que nada bom sairia disso. Mas quem poderia me culpar depois de ver isso?
Pois qual não foi a minha surpresa quando resolvi ler a primeira edição de Future Quest e não vi na revista nenhuma invenção (nos clássicos moldes do “vou fazer melhor”), mas sim aqueles mesmos personagens que acompanhava quando criança em uma história, que se não possui nenhuma inovação em seu enredo (é uma básica história de aventura), consegue deixar espaço para mesclar todos a “linha heróica” da Hanna Barbera de uma maneira que faz sentido.
A história começa em um mundo distante, anos atrás, onde somos apresentados ao capitão Kyr, membro de uma patrulha espacial nos mesmos moldes da tropa dos lanternas verdes, usando um uniforme semelhante aos utilizados por Jan, Jayce e Blip no desenho do Space Ghost (seria Kyr o herói no futuro?), enfrentando uma entidade maligna (a ameaça da série) e toda a tropa se sacrifica para derrotar a criatura, sobrando apenas o nosso heróis, que possuía um campo de força protetor em seu bracelete (tal e qual o bom e velho Space Ghost).
Acaba o interlúdio e somos levados para a Terra, acompanhando a história a partir da família Quest (que era o melhor desenho da HB). O enredo aproveita para ligar o Homem Pássaro como agente de uma organização secreta (algo tipo uma CIA), sendo enviado para auxiliar o Dr. Benton Quest, que está justamente investigando algumas estranhas incursões que estão ocorrendo em nosso planeta (fruto do monstro que supostamente havia sido destruído no interlúdio).
Durante um passeio de exploração, as crianças (Jonny e Hadji), Race e Bandit avistam algumas destas incursões, que funcionam como portais para outros mundos e temos o vislumbre de alguns personagens clássicos:
O gênio Shazzan
Mightor
Os Herculóides
Galaxy Trio
Neste ponto, nossos heróis são atacados pelos drones de batalha (aqueles que pareciam aranhas), que foram enviados para coletar tudo o que tiver passado pelos portais, pelo Dr. Zin (o principal inmigo do Dr. Quest).
Uma explicação dos seus planos malignos é apresentada ao leitor, nossos heróis escapam dos drones e encontram o Space Ghost, ponto em que o primeiro número termina.
Vale acompanhar? Por este primeiro número, sim. Como disse no início, é uma história básica aventuresca, assim como eram aqueles desenhos da Hanna Barbera, portanto este é um ponto muito positivo.
Respeito aos leitores antigos, apresentação para os novos. Viu como não é difícil agradar a todos, DC? Espero que aprendam esta lição e a apliquem nas histórias pós Rebirth!
Fernando
Fernando Fonseca é nerd carioca, mestre das artes procratisnadoras e um fã declarado de Sharknado!